Os canais esportivos de TV estão infestados de novos comentaristas e apresentadores, a maioria com muitos “sem” : sem carisma, sem informação, sem preparo e outros senões.
Chegaram aos postos pela demissão dos antigos ocupantes, que ganhavam salários maiores.
Por isso, a régua da qualidade baixou.
Sem falar dos ex-jogadores elevados a condição de comunicadores. Alguns brilharam no campo, mas são amadores no microfone. Até Zico resvala na tarefa. Semana passada, por exemplo, na Jovem Pan a “Resenha do Galinho”, durante uns seis minutos, até o final do programa, nunca citou o nome do convidado. Quem não ouviu desde o início não sabe até agora quem ele entrevistou.
Ser um bom entrevistado, como Zico, não garante vaga do outro lado da mesa.
Narração
Talvez o setor que mais tenha gente despreparada é a narração. Alguns jogos são horríveis de acompanhar. Incluem moças que atuam no SporTV e ESPN.
Ontem, em entrevista para o UOL, a narradora da SporTV Renata Silveira se queixou no machismo no futebol e das ofensas que recebe por ser mulher. Renata, uma das melhores narradoras em atividade, tem razão em dizer que deve ser avaliada pelo trabalho que realiza e não pelo gênero.
Ainda bem
Depois de um período de dificuldades nas escolhas, o esporte da NSC lança três garotos que prometem um bom futuro na profissão. Ronaldo Fontana, Heitor Machado e Dudu Machado, este ainda estagiário, são multimídia legítimos e com o perfil que agrada nas redações – aqueles comprometidos com o trabalho e que “correm” atrás das notícias.
Geração produzida na UFSC.
Nova rede
O assunto que mais polemizou até agora em julho foi o lançamento da ferramenta Threads pela empresa Meta. Foi criado por Mark Zuckerberg para rivalizar com o Twitter, aproveitando certa insatisfação dos usuários com as constantes mexidas de Elon Musk.
Threads segue o mesmo modelo do twitter, permitindo postagens com até 500 caracteres, links, fotos e vídeos de até cinco minutos.
A jogada de Zuckerberg, que facilitou o acesso instantâneo de milhões de usuários , é que a nova rede usa o banco de dados do Instagram e Facebook.
Por causa disso, alguns clientes descobriram que ao apagar a conta no Threads apagam também do Instagram.
Tendência
Não faz muito, quem não tinha profissão definida ou queria esconder a sua, se classificava como “modelo.” Agora, todo mundo é influencer.
Olha aí
Nem o estagiário da redação faria um título tão ruim quanto este da Folha de São Paulo: