O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que foi preso preventivamente na manhã de hoje, 22, será levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Segundo a âncora da CNN Daniela Lima, o juiz federal Renato Borelli, que decretou a prisão do ex-ministro, rejeitou os pedidos da defesa de que Ribeiro não fosse transferido de Santos para Brasília, para a audiência de custódia na quinta-feira, 23.
O mandado de prisão foi expedido no âmbito da operação “Acesso Pago”, da PF, destinada a investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação.
Conforme nota da PF, com base em documentos, depoimentos e Relatório Final da Investigação Preliminar Sumária da Controladoria-Geral da União, reunidos em inquérito policial, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas. A investigação corre sob sigilo.
Além do mandado contra o ministro, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões nos Estados de Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Outas medidas cautelares diversas, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas.
O crime de tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses).