*Foto: reprodução/Twitter
Um jornalista entrou para a lista de vítimas fatais da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Na manhã de ontem, 13, agências internacionais de notícias e a polícia da capital ucraniana, Kiev, confirmaram a morte de Brent Renaud, de 50 anos, um premiado jornalista e cineasta que já havia trabalhado para o jornal americano New York Times.
Brent Renauld foi assassinado por militares russos que atiraram contra o profissional – ele morreu com um tiro na nuca. Além dele, outro jornalista esteve na mira e acabou ferido, mas foi levado ao hospital.
O corpo de Renauld foi encontrado com uma credencial do New York Times, no entanto, ele não mantinha mais relações profissionais com o jornal, segundo o próprio veículo. O jornalista estava cobrindo a guerra de forma independente.
“Apesar de ele ter colaborado para o NYT no passado [mais recentemente em 2015], ele não estava em missão na Ucrânia para o jornal”, garantiu a equipe do jornal a agência ANSA ao saber da morte de Brent Renaud. “As informações iniciais relatam que ele estava trabalhando para nós porque [o corpo dele] foi encontrado com a credencial que recebera anos atrás”, prosseguiu.
Mesmo ressaltando que não mantinha nenhum vínculo com Renauld há sete anos, o jornal norte-americano lamentou a morte do profissional. “Estamos profundamente tristes com a morte. Era um talentoso fotógrafo e diretor que colaborou conosco nos últimos anos”.
Renaud havia trabalhado para vários veículos de comunicação americanos e coberto conflitos no Afeganistão, Iraque e Haiti. Segundo o UOL, ele ganhou um prêmio Peabody, um dos mais importantes dos Estados Unidos, por uma série de reportagens de 2014 nas escolas de Chicago.
A morte dele ocorre menos de duas semanas depois que o jornalista ucraniano Yevhenii Skaum, cinegrafista do canal de televisão ucraniano LIVE, morreu quando uma torre de transmissão de TV em Kiev foi atingida por um bombardeio.