Depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral de cassar o prefeito e vice de Brusque, Ari Vequi (MDB) e Gilmar Doerner (Republicanos) por interferência decisiva e ilegal no resultado por parte do empresário Luciano Hang (Havan), o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) vê uma luz no fim do túnel também no seu recurso.
Tudo porque Colombo, quando questionou a vitória de Jorge Seif (PL) no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, alegou que a estrutura das Lojas Havan tinha sido utilizada para beneficiar o senador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Santa Catarina.
Se confirmado o apoio da Havan, pela estrutura de comunicação e uso de aeronave, Jorge Seif pode ser cassado por uso de recursos empresariais na campanha, o que é proibido desde 2015 por decisão do Supremo Tribunal Federal.
O senador Jorge Seif sempre negou esse apoio de Luciano Hang na sua campanha e disse que sua vitória foi por causa do apoio que recebeu do ex-presidente da República e por defender as bandeiras que Santa Catarina quer.
Nas eleições de 2022, Seif recebeu 1.484.110 votos (39,79%) e Raimundo Colombo ficou em segundo lugar, recebendo 608.213 votos (16,30%), com uma diferença de 876 mil votos entre eles.
A legislação aprovada em 2015 não deixa claro se, neste caso, haveria uma nova eleição ou se Colombo ficaria com a vaga no Senado. Antes da última decisão, o segundo colocado assumiria caso o cassado não tivesse mais de 50% dos votos válidos.
Mas em 2018 a senadora Selma Arruda (PSL), do Mato Grosso, teve seu mandato cassado por caixa dois e abuso do poder econômico naquela eleição e quem assumiu foi o terceiro colocada do pleito, Carlos Fávero (PSD), já que naquele ano tinha duas vagas a serem preenchidas, até que fosse feito uma nova eleição.
Seis meses depois, Fávero foi eleito na nova eleição e ficará no cargo até o fim de janeiro de 2027. Hoje no Senado, o PL tem 14 cadeiras e o PSD tem 11 senadores no legislativo nacional.
Luciano Hang inelegível
Na decisão do TSE que cassou o prefeito e o vice de Brusque, também determinou a inelegibilidade, pelo período de oito anos, do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan.
Através da sua assessoria de comunicação, Hang disse que vai se manifestar ainda nessa quinta-feira, 4, sobre as decisões dos magistrados.