O torcedor alvinegro tem um compromisso importante que inicia nesta noite de segunda-feira (8) no Estádio Orlando Scarpelli. Apoiar incondicionalmente o Figueirense em sua caminhada para a volta à Série B. É tudo o que importa neste momento. A Série C é uma competição difícil em todos os sentidos, seja por alguns gramados ruins, arbitragens confusas, sem VAR e nível técnico baixo. Mas não é motivo para desesperançar e mesmo com a estreia ruim em Teresina, o confronto com o Paysandu, às 20 horas, deve representar uma virada de chave no atual momento do clube. Se havia dúvida sobre a presença do torcedor, ela não existe mais. Além do torcedor alvinegro, do outro lado também estará a torcida do Papão e isso exige muita calma para evitar confrontos, já ocorridos ano passado. O que vai importar mesmo é a vitória do grupo dirigido por Roberto Fonseca. O veterano treinador, que conhece como ninguém este tipo de competição, sabe que o Figueira vai precisar jogar muito mais do que jogou no Piauí. A caminhada é longa.
Desconfiança
Há ainda muito trabalho pela frente para o técnico Roberto Fonseca e sua comissão. Melhorar em todos os compartimentos. Criar um sistema de jogo bem definido. A segurança começa pela defesa, com a experiência do goleiro Wilson. O capitão, ainda voltando de longa inatividade por lesão, é presença fundamental. Roberto Fonseca imagina ter uma formação base, dar ritmo a este grupo e confiança. Se o sistema defensivo funcionou na estreia, agora é a vez do meio e do ataque. O importante será a manutenção do onze e melhorar: Wilson; Elias, Maurício, Otávio Gut e William Matheus; Robson Alemão, Gledson e Cesinha; Gustavo França, Andrey/Andrew e Bruno General.
Olho nele
Gledson Paixão da Silva, 27 anos, baiano, com 10 jogos no Estadual deste ano pelo Joinville. Um dos novos contratados do grupo e que foi, na minha opinião, o destaque do Figueirense na estreia diante do Altos. O torcedor alvinegro terá alegrias com este jogador pela entrega e disposição em campo. Gostei bastante. Os demais estreantes não comprometeram e Bruno General precisa ser mais acionado. Nas poucas vezes, levou perigo ao adversário. Talvez o gramado em Teresina tenha realmente atrapalhado como disse Fonseca, mas no tapete do Scarpelli a esperança é de que seja diferente. Esperamos que sim.
Demorou demais
A vitória de 1 x 0 sobre o Tombense, gol do Eduardo, na quinta rodada da Série B, só confirmou o que todos já sabiam. O torcedor não é bobo, conhece o futebol. A diretoria do Avaí comeu mosca ao não trocar antes a comissão técnica comandada por Alex de Souza. Foi muito tempo perdido. Eu não o teria contratado num ano tão importante como o do Centenário. Bastou fazer o simples, organizar a defesa e ter estratégia de jogo para alcançar a primeira vitória fora de casa. Marquinhos Santos foi feliz nas escolhas e o que se viu em campo foi um grupo querendo o resultado, brigando o tempo todo focado no jogo. Um time com alma.
Fazer diferente
Assumir no lugar do Alex exigia promover mudanças. E foi isso que Marquinhos Santos e Fabrício Bento fizeram. Primeiro tiraram a tarja de capitão do lateral Thales Oleques, algo incompreensível até então. Segundo, deixar de lado Robinho e Ricardo Bueno, que viajaram, mas não entraram. E os cuidados defensivos, com a dupla de zaga Alan Costa e Didi jogando em sintonia. O Avaí melhorou no futebol aéreo e ganhou saída de bola. O craque foi Wellington, jogador experiente, organizador do meio-campo, líder. Justa e providencial sua promoção a capitão da equipe. Posto exercido por Marquinhos Santos em quase todos os times que defendeu em sua carreira.
Novo técnico
Que a diretoria do Avaí não se sinta tentada a seguir a caminhada do acesso com a dupla Marquinhos Santos e Fabrício Bento, que assumiram emergencialmente e já arrumaram a casa. O Avaí precisa se reconstruir no futebol. Os erros foram muitos desde que a atual gestão assumiu e não há mais espaço para aventuras.
Torcida show
Campanha maravilhosa faz o Criciúma na Série B, na liderança com quatro vitórias e um empate. Por que a liderança? Um grupo tecnicamente ajustado, com bons valores individuais, esquema tático bem definido e o apoio incondicional de sua torcida nos jogos em casa. Público total de 15.062 na partida em que o Tigre venceu o Ituano por 2 x 1. O futebol jogado é consistente em todos os compartimentos, um grupo muito bem comandado pelo técnico Cláudio Tencati.