
“Oi, eu sou Bettina, tenho 22 anos, e R$ 1,042 milhão de patrimônio acumulado…” se você entrou no YouTube nas últimas semanas deve ter visto a propaganda da consultoria de investimentos Empiricus Research que estrelava Bettina Rudolph, que afirmava ter conseguido virar milionária em três anos investindo em ações. A ação, ao mesmo tempo que virou um meme, também irritou muitas pessoas, além de ter sido acionada pelo Procon-SP no que diz respeito a publicidade enganosa e propaganda abusiva.
Com toda essa polêmica gerada, a Toluna, empresa fornecedora líder de insights do consumidor, fez, juntamente com o Prof Benjamin Rosenthal da FGV, um estudo sobre o impacto da propaganda nos espectadores a credibilidade da mensagem foi polarizante: 40% dos entrevistados acreditaram em parte ou completamente, contra 44% que não acreditaram nas informações.
Além disso, quando perguntados como tomaram conhecimento do vídeo, 60% assistiram primeiro no YouTube, 30% viram nas redes sociais, 5% souberam pelos jornais e portais de notícias e 4% ficaram sabendo por outro meio.
A pesquisa também perguntou para as pessoas qual o nível de atração pela Empiricus após terem visto a propaganda e 61% delas responderam que tiveram algum nível de interesse pela empresa, e 39% tiveram pouco ou nenhum interesse nos serviços da empresa. Além de 67% confirmar que o comercial despertou um certo interesse em em investir.
Em outra pergunta, os entrevistados falaram sobre o quanto conhecem a consultoria de investimentos e 46% disseram que só conhecem de nome, 34% afirmaram que sabem o que a empresa faz, mas não são clientes, 14% nunca ouviram falar e 5% responderam que além de conhecer são clientes da Empiricus.
Ainda na polarização do comercial: 60% achou o argumento do comercial exagerado. Também foi considerado “mal intencionado” por 41% dos que viram o filme. 63% achou o comercial “vendedor” e por fim, 31% consideram esse comercial engraçado.
A pesquisa foi realizada no dia 23 de março de 2019 com 643 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 1.625 por mês.