O sexo e a mulher madura é tema que dá pano para manga. Ainda mais na sociedade ocidental que valida o corpo da mulher, o padroniza e encarcera em modelos de sucesso, felicidade, beleza e maternidade. O tempo é tratado como inimigo, assim como os sinais do corpo após período fértil e reprodutivo. E quando chega a menopausa não há quem fique livre do preconceito social envolta, também enraizado culturalmente nos seres humanos.
Atingida certa faixa etária, geralmente aos 50 anos em diante, a mulher é colocada à prova em toda a sua complexidade e transformação. Seu corpo em ciclo, segundo a sociedade, já não serve para a beleza, para a maternidade, para o trabalho, para o desejo sexual.
Sobre dogmas e visibilidade
“A sexualidade é uma temática tão instigante e, ao mesmo tempo, sequestrada por dogmas morais de sociedades ocidentais, que manifesta controle e invisibilidade sobre o corpo de mulheres maduras”, explica a doutora em arte-educação e idealizadora da Mostra de Filmes CIMM (Cuidado Integral da Mulher Madura) Adriana Mirã-Cunha.
Os filmes selecionados para esta edição do evento virtual, neste sábado (06), a partir das 17h vão ajudar a “mexer nessa caixa de pandora”, como refere-se Adriana. A sessão irá veicular dois filmes. O primeiro deles é o “Rosa”, da diretora Mônica Lairana, com narrativa que aborda a questão do desejo sexual da mulher madura. A trama evoca reflexões sobre padrões de beleza e sobre a busca de conexão com outro corpo.
Silêncio e paixão
Na sequência “Senhoras em Lavanda” de Charles Dance é uma história de silêncios e paixão de uma mulher madura com um estranho. A exibição será complementada com roda de conversa entre as participantes. As inscrições são gratuitas e limitadas.
Inscrições gratuitas: @parteirasdamaturidade
*****
Dia dela
Sextou com festa pra essa fotógrafa esplendorosa, talentosa e maravilhosa! Feliz aniversário, Léia Senem! Mais tarde brindaremos seu novo ciclo!
*****
Que que tá pegando?
Dica para quem quer saber o melhor da programação de cinema e ainda ficar por dentro do que acontece na música, na vida dos artistas e os lançamentos do mundo pop.
Acaba de estrear “Que que tá pegando?”, com pílulas de boa informação, todos os dias, na rádio Magia 107.3 FM, com apresentação de Aline Tavares. Aliás, a rádio teve um crescimento de 28,6% na Grande Florianópolis em 2021, de acordo com o Ibope Media, e foi a que mais cresceu em audiência este ano.
*****
Franz Cabaret
Florianópolis ganha palco para toda manifestação de arte. Eclético, diverso, musical, performático, livre. Franz Cabaret irá reunir toda forma de arte com bons drinks, gastronomia revisitada e vista para um dos principais cartões postais da Capital Catarinense, a Ponte Hercílio Luz.
Será num patrimônio tombado, anexo ao Armazém Rita Maria. Local onde, século atrás (XX), comerciantes e companhias de teatro atracavam suas embarcações para pernoitar e seguir descansados seus rumos no dia seguinte. Florianópolis era o meio do caminho entre Rio de Janeiro e Buenos Aires (Argentina), vice-versa. E tornou-se ponto estratégico de abastecimento de produtos.
Um casarão cuidadosamente restaurado para preservar a história vivida entre quatro paredes. As mesmas que formam uma potente caixa acústica para realização de espetáculos, performances e shows ao vivo com variada possibilidade espacial. A abertura oficial está confirmada para ocorrer numa programação de dois dias, 19 e 20 de novembro, a partir das 19h, para convidados e reservas.
A sacada de criar um espaço de vivências em arte, cinema, teatro, circo, música e boa gastronomia saiu da cachola de quatro amigos, agora sócios na empreitada. Abreu Jr , Clica Voigt, Paulo Trejes e Tiago Rodrigues firmam o pacto em nome da diversão e da cultura local, nacional e com radar global. Ali converge a personalidade de cada um na construção desse lugar de fabulação, que se tornará também uma f(r)esta de ficção da vida ordinária.
Um tanto de humor, outro tanto de repertório musical, partituras do corpo contemporâneo, uma equipe profissional de primeiro escalão. Batizado de Franz Cabaret (@franzcabaret), como homenagem a Carl Franz Albert Hoepcke, visionário alemão que pisou em solo catarinense com apenas 19 anos, desbravando e fortalecendo o comércio, indústria e navegação do Estado.
O modelo cabaret na proposta tem relação com irreverência e invenção. Os idealizadores encaram a palavra e a assumem como um movimento de expressão e expressividade. Não há público-alvo, tampouco faixas etárias determinadas. E sim a intenção de atrair uma plateia interessada em arte, que encontrará um palco efervescente na cena outrora adormecida.
“O Franz é um território livre de expressão com infraestrutura adequada. São 350 metros quadrados com infinitos cenários de experiências. Queremos acolher diversas faixas etárias, ser um endereço de entretenimento e cultura. Criar um movimento cabaret de criação”, conta Tiago Rodrigues.
