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Será que são os últimos meses do PSDB no Brasil?

O PSDB foi fundado em 1988 e recebeu um registro definitivo como partido político em 1989. Ele surgiu a partir de uma cisão dentro do MDB que mesclava a social-democracia e o liberalismo econômico e social.

Dois catarinenses fizeram parte da criação do ninho tucano. O ex-deputado federal e ex-vice-prefeito de Blumenau, Vilson Luiz de Souza, e o ex-senador Dalírio Beber, que junto com Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso e outros políticos criaram a nova legenda no Brasil.

O ápice dos peessedebistas foi nos oito anos de FHC na presidência da República, mas após esse período o PSDB fez oposição aos governos do PT se mostrando um partido de centro-direita.

A queda iniciou depois que Jair Bolsonaro assumir a presidência da República, e aí o PSDB acabou numa linha mais de centro-esquerda, o que acabou afugentando muitos filiados.

Agora, o que mais se comenta na política nacional é que o PSDB necessita de uma grande mudança para voltar a ser um partido de expressão e uma das alternativas seria uma incorporação ao PSD ou ao MDB.

O presidente estadual do PSDB de Santa Catarina, deputado estadual Marcos Vieira, luta para desmentir que o PSDB irá acabar. Ele voltou a afirmar na sua rede social na quarta-feira, 12, que o seu partido vai ter candidato a presidente da República e que terá candidato a governador do Estado.

“Estamos em Brasília visitando os amigos Marconi Perillo, presidente Nacional do PSDB, na sede do partido e também outro grande líder tucano, o deputado federal Aécio Neves, em seu gabinete da Câmara dos Deputados. Em pauta, o nosso PSDB, um partido que tem história, tem um legado de conquistas e grandes exemplos de gestão pública. Saímos daqui motivados e olhando para frente, firmes em nosso propósito de apresentar um projeto tucano para a Presidência do Brasil e para a nossa Santa Catarina!”, postou Marcos Vieira.

O presidente nacional Marconi Pirillo também postou no seu Instagram uma carta pública dizendo que o PSDB não vai desaparecer, mas mesmo depois de todas essas afirmações, a classe política brasileira ficou mais reticente de eventualmente se filiar num partido que agoniza justamente pela falta de uma grande liderança nacional capaz de fazer com que o tucano voe novamente.

 

VEJA A CARTA PUBLICADA POR MARCONI PIRILLO:

O PSDB não vai desaparecer. Em respeito a 1,35 milhão de filiados e à história de todos que ajudaram a fundar e a construir o partido que fez as reformas mais importantes do Brasil, o PSDB vai continuar existindo.

Vamos continuar dialogando com os demais partidos que estão no centro do espectro político brasileiro para construir uma alternativa aos extremos, garantindo a identidade do PSDB.

Sabemos das dificuldades impostas pela legislação. A partir da eleição de 2026 a chamada “cláusula de desempenho” ficará mais rígida e precisamos encontrar soluções para superar esse obstáculo. Isso inclui a construção de chapas fortes para as eleições para o Congresso Nacional, para as assembleias estaduais e distrital, para os governos estaduais e para a Presidência da República, além de alianças fortes e robustas para lhes dar sustentação.

Pode fazer parte também dessa estratégia a aliança com outros partidos do centro democrático, seja em formato de federação como a que temos com o Cidadania —que se encerra no primeiro semestre de 2026 e que estamos em conversas para avaliar a viabilidade de sua manutenção ou ampliação—, seja com a convergência de outras legendas ao PSDB.

Queremos o melhor para o Brasil. Apresentaremos ao país em 2026 uma alternativa democrática, programática, forte e popular para recolocar o Brasil no rumo do desenvolvimento econômico sustentável em busca de igualdade e justiça social. Todos os brasileiros que se opõem ao extremismo estarão ao nosso lado nessa luta, e continuaremos dialogando com os partidos que defendem a democracia e o fim do extremismo para que esse projeto se sustente e ganhe as ruas do país e as mentes e corações dos brasileiros.

 

Marconi Pirillo, Presidente Nacional do PSDB

 

 

 

 

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