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Série crimes digitais: Caiu no golpe, saiba o que fazer

Série crimes digitais: Caiu no golpe, saiba o que fazer

Chegamos ao final da série sobre crimes digitais, que durante dezembro mostrou como agem os golpistas, os casos mais frequentes e barreiras que podem ser montadas por nós para evitar os golpes. Hoje, a ajuda é para quando os criminosos conseguem furar os bloqueios e você se torna a vítima.

Contamos com a ajuda do especialista em inteligência criminal, Thiago de Miranda Coutinho, a quem deixo um agradecimento especial em meu nome e do Portal Making Of. Sem dúvida, as informações especializadas são cada vez mais fundamentais na proteção dos consumidores. E para fechar a série, um “tutorial” sobre o que fazer caso você caia nas mãos dos golpistas. E abaixo também os outros registros da coluna Gente e Lugares fechando 2021.

 

GOLPE VIRTUAL: o que as vítimas devem fazer?

Nas últimas três (3) semanas repercutimos uma série sobre Crimes Digitais aqui na coluna Gente e Lugares. Além de alertar sobre as inúmeras modalidades de golpes e meios empregados pelos criminosos, abordamos também, as formas de se proteger dessa verdadeira “epidemia” que, cada vez mais, tem lesado usuários mundo afora. Inclusive, repassamos dicas práticas de segurança (com o passo a passo) para deixar seu dispositivo móvel mais seguro.

Mas e se houve o crime virtual, você sabe quais medidas deve adotar para minimizar os prejuízos e, ainda, tentar reaver o que perdeu? É justamente este o tema do quarto (e último) episódio da série.

Inicialmente, recomenda-se o registro imediato do boletim de ocorrências relatando os fatos. Em Santa Catarina, por exemplo, pode-se comunicar a Polícia Civil através da Delegacia Virtual, no endereço www.delegaciavirtual.sc.gov.br.

Na sequência, a depender do tipo de golpe em que foi submetida, a vítima deve informar seus amigos e familiares (via Stories e Posts de redes sociais e, também, status e lista de transmissão do Whatsapp) orientando-os a não repassar dinheiro ou dados pessoais caso sejam abordados por alguém que esteja se passando por ela. Se for o caso, é importante também, reportar os fatos à instituição bancária (via canais oficiais).

Especificamente para os casos de “clonagem de WhatsApp”, a dica é que se envie um e-mail para support@whatsapp.com (com o boletim de ocorrência em anexo) informando que a conta relativa ao “número de telefone x” foi “sequestrada”.

Já para os casos envolvendo o Facebook, indica-se acessar www.facebook.com/hacked para denunciar a conta comprometida ou afetada.

Agora se o crime envolveu o Instagram, o caminho é acessar www.instagram.com, depois “Configurações”, a aba “Ajuda”, seguida de “Ajuda sobre Privacidade e Segurança”, “Denunciar contas ou publicações” e, por último, verificar em qual hipótese seu caso melhor se enquadra.

Ainda no Instagram, outra opção é acessar o aplicativo clicando em “Precisa de mais ajuda?”, localizado logo abaixo do campo de login inicial. Posteriormente, acesse o ícone “Obter ajuda para entrar”, marque a opção “Minha conta foi invadida”, preencha o formulário e informe um e-mail seguro para seguir com o atendimento.

Por fim, a depender da gravidade dos fatos, sugere-se uma notificação extrajudicial a ser encaminhada ao Facebook (detentor do Instagram) no seguinte endereço:

Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, nº 700, 6º andar. Itaim Bibi, São Paulo – SP. Cep 04542-000.

Espero que tenham gostado do conteúdo trazido nesses quatro (4) episódios sobre Crimes Digitais. Cuide-se e compartilhe essa informação, pois segundo apontamentos de um estudo realizado pela Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP/SC), 97% dos crimes abordados na série não teriam ocorrido se a vítima tivesse alguma informação preliminar sobre os respectivos golpes.

Forte abraço a todos e um ano novo repleto de saúde, paz, alegrias e realizações!


THIAGO DE MIRANDA COUTINHO – especialista em Inteligência Criminal
@thiago_dm_coutinho

 

VOZES DA CONSCIÊNCIA


jornalista AMANDA SANTOS/foto DIVULGAÇÃO
@amandasantos_oficial

Muito especial fechar o ano com o registro do trabalho da jornalista Amanda Santos, que se dedicou a construir uma série especial focada nos temas que precisam sempre ser lembrados sobre o protagonismo dos negros, como forma de combater  o racismo, entre os fatores de inclusão e respeito.

A série de reportagem “Vozes da Consciência”, exibida de forma inédita em todas as plataformas do grupo ND, entre os dias 15 e 20 de novembro, continua em destaque em todo o estado. O projeto aborda temas relacionados ao mês dedicado à Consciência Negra (novembro). A jornalista pesquisou por dois meses contextos históricos que trariam à tona discussões como racismo, o papel do negro para a evolução de Santa Catarina e suas colaborações, além dos clubes negros e também os negros que romperam a barreira do preconceito e ganharam espaço no mercado de trabalho.

Todo o conteúdo foi elaborado com base no livro Africanidades Catarinenses, de autoria de historiadores e professores negros do estado.

A repercussão do conteúdo tem sido enorme. A cantora Leci Brandão, que já foi entrevistada por Amanda Santos, rasgou elogios. No último dia 13, a cantora e deputada enviou um vídeo que foi veiculado durante a Moção de Aplauso entregue na Assembleia Legislativa. O requerimento foi do deputado Rodrigo Minotto. No dia 15, foi a vez da Câmara Municipal de Balneário Camboriú reconhecer o trabalho de Amanda com moção solicitada pelos vereadores Patrick Machado e Eduardo Zanatta. E a jornalista já foi sondada por Joinville, Itajaí e Videira para receber honrarias relacionadas a relevância dos temas abordados no projeto, colocar as pessoas negras em destaque e despertar a consciência de todos sobre o racismo.


as homenagens à jornalista AMANDA SANTOS/fotos DIVULGAÇÃO

 

VINHO PARA AJUDAR A BAHIA 

O wine bar Uvva, da Praia Brava de Itajaí, vai estrear operação fora de Santa Catarina entre dezembro e  março, em Trancoso. Além do serviço de venda de vinhos em garrafa ou fracionado, vai levar solidariedade para a Bahia. A exemplo do que já acontece há três anos na unidade catarinense, o projeto “Otimistas mudam o Mundo” assinado pelo Uvva fará uma campanha para ajudar comunidades pobres, questão ainda mais oportuna devido a tragédia provocada pelas chuvas e que deixou milhares de famílias sem nada, principalmente no Sul baiano. Os sócios Gui Sandri, Mateus Provesi, Leo Morgado e Luan Martins vão reverter 1 real da venda de cada taça de vinho, mais 10 reais  da venda de cada camiseta do projeto, para a instituição Benquerer, que beneficia 5 mil crianças e jovens de 8 escolas municipais, uma escola estadual, uma creche, além de ONG´s, projetos e institutos. O propósito é melhorar a educação na região Sul da Bahia. Mais que levar o espírito empreendedor, os sócios do Uvva, todos com menos de 30 anos, querem levar o espírito solidário catarinense Brasil afora.

@theuvvawinebar


MATEUS PROVESI, LUAN MARTINS, GUI SANDRI e LEO MORGADO
sócios do UVVA/foto DIVULGAÇÃO

 

MUSEU DO MAR REABERTO

O Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul, está de portas abertas a partir de hoje (29 de dezembro). O museu foi fechado durante a pandemia e agora o público vai poder conhecer ou revisitar o espaço que guarda importantes embarcações brasileiras. Para os turistas, o museu é uma das boas opções no litoral de Norte de Santa Catarina. Em breve, o espaço vai passar pela maior reforma desde sua inauguração em 1993, de acordo com Fundação Catarinense de Cultura (FCC). A obra, anunciada pelo governo do estado e FCC em agosto deste ano, está estimada em 20 milhões de reais e no momento está passando pelos trâmites legais para o início da execução das obras no próximo ano.

@cicfloripa


foto MARCIO H. MARTINS

 

PELE NEGRA, JUSTIÇA BRANCA


foto DIVULGAÇÃO

O filme documentário “Pele Negra, Justiça Branca”, realizado por três diretoras catarinenses (Cinthia Creatini da Rocha, Vanessa Rosa Gasparelo e Valeska Bittencourt) fez bonito no Rio de Janeiro, agora em dezembro, e terá estreia nacional em Santa Catarina, no início de 2022. No documentário, é abordada a história de Maria das Graças (ou Gracinha, como é conhecida), uma mãe quilombola que, em 2014, teve suas duas filhas caçulas retiradas pelo Estado, sob a alegação de que não teria condições para cuidá-las e educá-las. O Movimento Negro Unificado/MNU), que é parceiro no filme, contesta esse argumento e atribui desconhecimento histórico e discriminação da Justiça para ter decido por tirar a guarda das meninas de Gracinha, que estão em lugar desconhecido.

Como obra convidada da Mostra “O Estado das Coisas”, o filme teve pré-estreia nacional no Festival do Rio e com importante reconhecimento da organização do evento. “Nós, do festival, ficamos honrados em exibir esse filme que, além de ter um assunto tão urgente, também é importante como obra cinematográfica, pela sua qualidade técnica e poética”, disse Karen Black, produtora e curadora do festival.

Também a diretora Valeska Bittencourt destacou a importância do tema ter sido selecionado para o festival, fortalecendo a visibilidade para esse caso, através de uma obra cinematográfica. “Nosso filme denuncia o racismo no judiciário brasileiro e a adoção compulsória que tem separado famílias pobres pelo Brasil”, afirma Valeska.

A estreia oficial do filme acontecerá na comunidade onde foi gravado. Também será apresentado no Festival Internacional de Documentários de Buenos Aires (FIDBA), em janeiro. https://bit.ly/pelenegrajusti%C3%A7abranca

@doc.pelenegrajusticabranca


KAREN BLACK,produtora e curadora do festival; diretoras VALESKA BITTENCOURT, VANESSA ROSA GASPARELO e VANDA PENEDO

 

Fechando o ano, poderia listar uma série de frases ou fotos marcantes. Mas vou simplificar, afinal é disso que estamos precisando, mais ação e simplicidade.

Então vou ficar com a frase da jovem ativista Greta Thunberg, no Encontro de Líderes Mundiais, que antecedeu a COP 26.

“Aqui vai um resumo rápido: blá, blá, blá”.

Obrigado pela companhia em 2021 e que 2022 seja de muita reflexão, afinal vamos voltar às urnas e o que não vai faltar é muito blá, blá, blá.

Tchau Tchau!

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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