Depois das eleições municipais de 2020, o então candidato derrotado do PT, Paulo Eccel, entrou com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral contra os vencedores Ari Vequi (MDB) e Gilmar Doerner (Republicanos) alagando abuso de poder econômico.
Segundo o PT de Brusque, o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, que tem a sede na cidade, teria agido de forma decisiva e irregular em favor de Vequi e com isso desequilibrado a disputa.
Essa ação já tinha sido julgada e rejeitada na primeira e segunda instância da Justiça Eleitoral, em Santa Catarina, mas na manhã desta quinta-feira, 4, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu o caso de forma diferente e acabou cassando os mandatos de Ari Vequi e Gilmar Doerner, além de considerá-los inelegíveis por oito anos.
Na eleição de 2020, Ari Verqui foi o vencedor com 25.734 votos (40,54%), seguido por Paulo Eccel, que recebeu 12.324 (19,42%).
Coincidentemente, em 24 de março de 2015 o TSE também cassou Paulo Eccel por entender que, em 2012, ele utilizou o orçamento de publicidade institucional do município em favor da campanha de reeleição, com gastos exorbitantes.
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral ainda não foi publicada, mas o prefeito e vice de Brusque devem ser notificado até essa sexta-feira, 5.
Com isso, Ari Vequi e Gilmar Doerner deixam os seus cargos e a cidade passa a ser administrada pelo presidente da Câmara Municipal, André Vechi (DC).
A dúvida desse imbróglio é se a justiça fará nova eleição em Brusque para que um prefeito tampão fique no cargo até dezembro de 2024 ou se dá posse ao segundo colocado da eleição de 2020, no caso o próprio Paulo Eccel (PT), autor da ação.