Em números redondos, o Brasil tem 54 milhões de pessoas no bolsa família, 12 milhões de funcionários públicos e 12 milhões de aposentados.
Então, dos pouco mais de 107 milhões de pessoas economicamente ativas no país, 78 milhões dependem do Estado.
Diante desse fato, temos apenas 29 milhões de pessoas que mantem a máquina funcionando e com isso, a conta não fecha. O Brasil é um país com muitas riquezas que poderiam fazer com que a nossa economia fosse uma das mais promissoras.
Mas o Governo Federal prefere adotar um modelo onde taxa o consumo e não a produção. Então o mais pobre acaba pagando mais, pois tudo que ele compra tem, em média, 40% de imposto.
Em 2024 o Brasil teve 1,3 trilhão de déficit, ou seja, arrecadou muito, mas gastou 1,3 trilhão a mais do que retirou da população.
E para fechar esse rombo, o Governo Federal precisou emitir títulos, os chamados Tesouro Direto, onde esse papel é vendido para investidores que ganham juros anuais acima do mercado.
Mas se o investidor começa a desconfiar se o Governo terá ou não a capacidade de pagar o que pegou emprestado, obviamente que ele prefere não comprar e, com o investidor reticente, o Governo é obrigado a ofertar um juro maior para se tornar atrativo para o mercado.
Quanto menos o investidor compra, mais o dólar sobe e quanto mais o dólar sobe, mais os juros se elevam e quanto mais os juros sobem, mais a economia da população enfraquece e com isso o Governo Federal é obrigado a gastar mais com programas sociais que fazem da população refém de políticas públicas.
E é aí que tá o pulo do gato dos políticos, que transformam o querido eleitor em refém de um dinheiro que já era dele, mas que é devolvido em forma de uma espécie de esmola para que ele pense que o governante é bom para votar nele na próxima eleição.
Economistas e empresários já alertaram que o Brasil deverá passar nos próximos anos por grandes crises e com as crises econômicas, o dinheiro muda de mão, onde sai de quem tem menos e vai para quem já tem mais.
E esse círculo vicioso não é culpa de quem ganha no momento da crise, mas sim de quem prefere manter esse modelo ultrapassado só para também se manter no poder de um país que deveria ter mais indústrias do que prestadores de serviço.
Então, se o Governo Federal não mudar a forma de pensar a economia nacional, sempre seremos um país de terceiro mundo que vai continuar taxando tudo e todos só para manter uma máquina que não funciona e alimenta muita gente que não produz nada.