Na semana passada já corria nos corredores da Câmara dos Deputados, em Brasília, que o deputado federal Fábio Schiochet (UB) poderia assumir um cargo relevante na Casa.
Inicialmente falava-se que ele ficaria com a presidência da poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que hoje é presidida pela também catarinense Caroline de Toni (PL).
Uma fonte chegou a revelar que, pela vaga ser do União Brasil, era quase certo que Schiochet ficaria com a CCJ, mas que não garantia porque em Brasília tudo acontece muito rápido e as mudanças surgem do nada.
Mas na terça-feira, 18, depois de uma reunião entre as lideranças do parlamento, o nome de Fábio Schiochet acabou mesmo sendo colocado como o novo presidente do Conselho da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados.
Ele será o primeiro catarinense a assumir o posto e fica à frente do conselho nos anos de 2025 e 2026.
Fábio Schiochet estava quase certo para assumir a primeira vice-presidência da Câmara, mas por conta dos arranjos políticos, decidiu abrir mão do posto em favor do deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ). Então, ele acabou sendo agraciado com um dos cargos mais importantes e influentes da Câmara, onde terá o poder de deliberar o andamento de muitas ações de parlamentares que, como dizem os deputados, saírem da linha. O deputado catarinense já esteve à frente das Comissões de Minas e Energia e também da Defesa do Consumidor.
EM SANTA CATARINA
Aqui no Estado, Fábio Schiochet é o presidente estadual do União Brasil e em fevereiro deste ano ele fez uma peregrinação por algumas emissoras de rádio defendendo o impeachment do presidente Lula (PT) e lançando a pré-candidatura a presidente do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB).
O deputado federal também busca um nome para que o União Brasil tenha candidato a governador em 2026. O primeiro a ser convidado por ele foi o deputado estadual Antídio Lunelli, do MDB. Tudo porque Lunelli quer ser o candidato a vice de Jorginho Mello em 2026, mas como perdeu espaço dentro do seu partido, pode ser preterido da escolha.
O CASOS GAYER
Há casos espinhosos na Comissão de Ética que terão que ser analisados e Schiochet terá que conversar muito dentro do parlamento para que os vários pedidos de cassação tenham um desfecho justo.
Só que tem um caso que praticamente já tem uma sentença definida. Tudo porque o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), já teriam um acordo claro para que o deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) seja cassado para servir de exemplo para que, como dizem os parlamentares, o “clima de zona generalizada” chegue ao fim no Congresso Nacional.
Motta e Alcolumbre entendem que o extremista descompensado, que faz do parlamento uma arena onde vale tudo para as ações absurdas e radicais, passou completamente do ponto.
O caso de Gayer será analisado por que ele proferiu insultos à ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann (PT), comparando-a a “uma prostituta” e fazendo provocações ao companheiro dela, o deputado federal Lindbergh Faria (PT-RJ), e até colocando até mesmo Davi Alcolumbre nas suas manifestações.