Essa semana realmente não começou boa para o vereador Maikon Costa (PL) que responde a um processo de cassação na Câmara de Florianópolis.
Ele foi participar no domingo, 25, do evento organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e no caminho de ida para o aeroporto acabou sendo assaltado a mão armada e teve o veículo que dirigia roubado.
Como perdeu o voo de volta porque teve que ir até a delegacia dar esclarecimentos, não chegou a tempo para se defender na Conselho de Ética do legislativo de Florianópolis.
Com isso, os vereadores integrantes apresentaram na segunda-feira, 26, o relatório final feito pelo vereador relator Diácono Ricardo (PSD), que recomendou a cassação do mandato de Maikon Costa por conta da denúncia feita pelo suplente de vereador Sargento Mattos (PL).
O fato aconteceu em setembro de 2023, quando Maikon se licenciou por 30 dias para dar lugar para Sargento Mattos. Naquele período, o suplente disse que teve seu trabalho obstruído pelo titular depois de uma reunião que teve com a vereadora Maryanne Mattos, que é o desafeto de Maikon na Câmara Municipal.
Já Maikon disse que Sargento Mattos não deu prosseguimento nos trâmites internos das denúncias que tinha feito contra a atual administração municipal. Depois de uma discussão no gabinete da presidência, Maikon e Mattos quase chegaram a vias de fato e a denúncia foi protocolada no Conselho de Ética.
No seu relatório, Diácono Ricardo considerou que foram caracterizadas “graves lesões à conduta ética e obstrução do exercício legislativo do suplente Sargento Mattos”.
Aprovaram o relatório a vereadora Maryanne Mattos (PL) e os vereadores Diácono Ricardo (PSD) e Gabriel Meurer (Podemos). A vereadora Manu Vieira (Novo) preferiu se abster.
Como não se defendeu na reunião do Conselho de Ética, Maikon Costa pretende se pronunciar na sessão dessa quarta-feira, 28, para tentar convencer seus pares de que não deve perder o mandato.
O trâmite
Para que a cassação seja aceita no legislativo, são necessários 16 votos favoráveis dos 22 vereadores que poderão votar, já que Maikon Costa, por ser o vereador julgado, não tem direito a voto.
O grupo governista diz já ter os votos necessários para a cassação do vereador Mikon. Já o vereador Afrânio Boppré (Psol) e as vereadoras Carla Ayres (PT), Cintia Mendonça (Psol) e Tânia Ramos (Psol) devem votar em favor do vereador do PL por estarem no mesmo grupo de oposição ao prefeito Topázio Neto (PSD).
Se Maikon Costa perder o mandato, quem pode assumir a sua vaga é o primeiro suplente Bruno Becker (PL). Caso Bruno não tenha interesse em ficar no legislativo da Capital, assumiria a cadeira do titular o segundo suplente e autor da denúncia, Sargento Mattos.