É esperado para essa quarta-feira, 22, o anúncio da Reforma Administrativa no Governo do Estado de Santa Catarina. O governador Jorginho Mello (PL) vem estudando a mudança de secretários do seu governo desde o fim das eleições municipais de 2024.
Tinha programado que iria anunciar os novos nomes em 15 de dezembro, mas adiou para esperar o término de administrações de prefeitos que já estavam em segundo mandato. Imaginava-se que tudo seria anunciado já no início de janeiro, mas Jorginho Mello queria o MDB.
Tentou e ainda tenda convencer a cúpula emedebista de aceitar as Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente e Economia Verde, indicando apenas o secretário, mas o Massa Bruta acha muito pouco.
Então, de certo mesmo, é que o suplente de senador Beto Martins (PL) volta para a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias, colocando Ivan Amaral como secretário-adjunto.
O atual presidente do Detran/SC, Kennedy Nunes (PL), quem vem fazendo um belo trabalho na pasta, vai ficar com a principal vaga na Casa Civil por conta da experiência que tem dentro da Assembleia Legislativa.
Na comunicação, Bruno Oliveira, que comanda a mesma pasta na Prefeitura de Florianópolis deste os tempos de Gean Loureiro (UB), será o novo secretário de Comunicação no lugar de João Paulo Vieira já visando a eleição de 2026.
Quem também deve ser confirmado na Secretaria da Proteção e Defesa Civil é o ex-prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (PL). O atual comandante, Coronel Fabiano de Souza, vai voltar a comandar o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.
PODE VOLTAR
Como o MDB desdenhou a Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde, o deputado federal Ricardo Guidi (PL) pode voltar para a pasta que comandou até abril de 2024 só para abrir espaço para o suplente Darci de Matos (PSD), que em breve deve assinar ficha no Republicanos.
Quem fica com a vaga na Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família é a ex-prefeita de São José, Adeliana Dal Pont. Esse nome deve causar incômodo na ala bolsonarista do PL, que já criticava o governador por ter filiado ela no partido.
Outros ex-prefeitos devem assumir cargos de segundo escalão. André Moser (PL), de Indaial, deve mesmo seu o adjunto na Secretaria de Indústria, Comércio e Serviço. Já a ex-prefeita de Itapema, Nilza Simas, deve ser nomeada como uma consultora da Secretaria de Estado da Saúde.
A QUEDA DE BRAÇO
Na Secretaria de Turismo, quem venceu a queda de braço entre o senador Jorge Seif (PL) e o ex-prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL), foi realmente o parlamentar. Fabrício queria carta branca para indicar seus subordinados e não contava com a esposa do senador, Catiane Seif.
Com isso, Seif usou sua influência com Jair Bolsonaro e conseguiu manter Catiane no Turismo, mas agora como secretária de Estado. Ela era a adjunta de Evandro Neiva, que foi trabalhar com Juliana Pavan (PSD) em Balneário Camboriú.
Essa decisão de Jorginho Mello mostra que Fabrício Oliveira está desprestigiado e deve até ficar de fora do Governo do Estado. A vontade de se aproximar do deputado estadual Carlos Humberto (PL), que apoiou Juliana Pavan em 2024, também contou.
Então, como Fabrício quer ser candidato em 2026, deve aceitar tudo sem se rebelar. O problema é que ele quer uma cadeira na Assembleia Legislativa e, mais uma vez, vai bater de frente com Carlos Humberto.
Jorginho quer dar o comando do PL de Balneário Camboriú para Carlos Humberto e Fabrício deverá, então, trocar de partido. Se preferir ficar com Jorginho Mello, pode ir para o Republicanos de Jorge Goetten.
Se decidir cortar o cordão umbilical, pode até voltar para o Podemos de Paulinha ou para o PSDB de Marcos Vieira ou até pode comandar o PP de Esperidião Amin em BC.
Fabrício não é um político a ser descartado, pois ainda tem votos e muita gente está de olho nessa disputa, para quem sabe, buscá-lo no PL para que seja um puxador de voto em 2026.