Portal Making Of

Acusados no 8 de janeiro não poderão participar do ato de Bolsonaro deste domingo em São Paulo

Um ano, um mês e 18 dias depois da invasão dos três poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, o ex-presidente Jair Bolsonaro fará neste domingo, 25, um evento na Avenida Paulista denominado “Ato pela Democracia”, onde são esperadas 700 mil pessoas.

Bolsonaro chegou no sábado em São Paulo e ficou hospedado na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. Os governadores Jorginho Mello (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ronaldo Caiado (UB), Ricardo Nunes (MDB) e Romeo Zema e mais 103 congressistas já confirmaram presença no ato.

Mas pelo menos os 65 catarinenses que figuraram na lista da Polícia Civil do Distrito Federal não poderão de jeito nenhum participar da manifestação deste domingo. Uns porque já foram condenados e os demais porque ainda respondem a um processo no Supremo Tribunal Federal por conta da invasão de 8 de janeiro.

Esse número pode ser maior, mas o STF informou não ter detalhamento completo de quantos réus são de Santa Catarina. Mas sabe-se que Gilberto Ackermann (Balneário Camboriú), Raquel de Souza Lopes (Joinville) e Ângelo Sotero de Lima (Blumenau) já foram julgados e condenados a 16 anos e meio de prisão pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e associação criminosa.

Mas outros nomes que também já estiveram presos, mas que atualmente estão em liberdade aguarda julgamento e cumprindo medidas restritivas, como o uso de tornozeleiras eletrônicas, também sequer podem sair de suas cidades e nem mesmo manifestar apoio ao ato nas redes sociais.

A cebelereira e o pastor 

É o caso da cabelereira de Rio do Sul, Dirce Rogério, e do pastor de Blumenau, Dirlei Paiz. Dirce ficou oito meses detida no Complexo da Papuda, em Brasília, mas em setembro de 2023 foi solta e aguarda o julgamento.

Dirlei foi preso no mês de agosto de 2023 pela Polícia Federal e ficou no Presídio Regional de Blumenau até o dia 7 de dezembro do mesmo ano, quando obteve seu alvará de soltura para aguardar o julgamento em liberdade vigiada.

Como não teve seus direitos políticos cassados, o Pastor Dirlei Paiz pretende se filiar no PL de Jorginho Mello no mês de março para disputar uma das 15 cadeiras da Câmara de Vereadores de Blumenau.

Ele é considerado um dos líderes bolsonaristas da região do Vale do Itajaí. Foi ele que no fim de 2022, depois das eleições presidenciais, organizou uma manifestação pacífica, segundo seus relatos, em frente ao 23º Batalhão de Infantaria da cidade exigindo uma ação do exército.

Segundo o advogado de Dirlei, Jairo Vieira dos Santos, ele já esteve com Bolsonaro em São Paulo em outra oportunidade, mas se não estivesse impedido legalmente de deixar Santa Catarina, estaria novamente com o ex-presidente na Avenida Paulista.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Leia mais

Agora Moisés não serve mais para os aliados

Em agosto, quando estavam definindo quais partidos que iriam apoiar a reeleição do governador, muitos prefeitos e deputados estaduais defendiam Moisés de qualquer crítica que