Resgate da confiança

Carlo Ancelotti assume o comando da Seleção Brasileira num momento delicado. O time está em baixa nas Eliminatórias, sem padrão de jogo e distante da confiança da torcida. O prestígio da camisa amarela, em outra época temida no mundo todo, hoje parece opaco diante de más atuações e falta de protagonismo. O primeiro desafio do italiano é devolver à Seleção o respeito perdido dentro e fora de campo. Fazer o time jogar bem novamente, com identidade e competitividade, é a base para qualquer sonho de título.
Candidato ao hexa
Ancelotti terá que transformar um grupo de jogadores em uma equipe vencedora. O Brasil, que há anos não empolga em grandes torneios, precisa voltar a ser um time temido e competitivo em nível mundial. A Copa de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá, é o grande objetivo. Até lá, será necessário ajustar a equipe, acertar convocações, dar rodagem ao elenco e encontrar líderes dentro de campo. O hexa é possível, mas exige trabalho, paciência e, acima de tudo, comando firme.
Desafio gigante
Ancelotti chega com um currículo invejável: quatro títulos da Liga dos Campeões, passagens vitoriosas por clubes como Milan, Real Madrid, Chelsea e Bayern. Nunca um treinador estrangeiro chegou à Seleção com tamanho peso e respeito internacional. Por isso, a cobrança também será proporcional. O salário milionário, a expectativa da CBF e o clamor popular pedem resultado. Mais do que um novo comandante, ele é o símbolo de uma tentativa ousada de recomeço. O desafio é do tamanho da sua história e o Brasil torce para que essa história termine com o hexa.
Aclamação sem clamor

A eleição por aclamação de Samir Xaud à presidência da CBF escancara um vácuo de representatividade. Enquanto todas as federações disseram “sim”, boa parte dos clubes sequer apareceu para votar. O novo presidente, médico, empresário e herdeiro de uma dinastia do futebol roraimense, assume sem respaldo real dos protagonistas do jogo. A CBF segue refém de um sistema em que a política pesa mais que o desempenho em campo.
Cheiro de naftalina
Samir Xaud promete mudanças, mas nasce no poder embalado por velhos vícios. A ausência de clubes na eleição é sintoma de um modelo esgotado, onde federações alheias à realidade das arquibancadas decidem os rumos do futebol nacional. Se quiser mesmo virar a página, o novo presidente terá que romper com os conchavos e provar que é mais do que o sobrenome que carrega.
Confiança renovada

O Figueirense está em Campinas para encarar o Guarani, nesta segunda-feira (26), às 19h30min, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa. A partida é confronto direto contra o rebaixamento, mas o alvinegro chega embalado pela vitória sobre o Ituano, que reacendeu a confiança do grupo. A equipe mostra sinais claros de evolução e encara o desafio fora de casa com a determinação de quem quer virar a chave na Série B.
Estreia no gol e espaço para a base
Com a suspensão de Fabrício, o goleiro Igo Gabriel ganha a chance de defender o alvinegro pela primeira vez na competição. Outra novidade é a presença de Maiky entre os relacionados, o atacante da base, destaque do Sub-20, que foi chamado após a gripe que tirou Kayke da partida. A aposta em pratas da casa reforça a ideia de renovação e esperança para o futuro do clube.
Entrega e estratégia
Antes do embarque, o técnico Pintado falou em repetir a postura da última rodada: marcação alta, intensidade e inteligência tática. Para ele, o espírito de luta será decisivo contra o Guarani. Mesmo com a pressão da zona de rebaixamento, o grupo demonstra união e foco. A meta imediata é sair do Z-4, mas o olhar já começa a se voltar para voos mais altos.
Mais do que três pontos

O Avaí precisava vencer e venceu. Em jogo tenso e equilibrado na Ressacada, o Leão da Ilha fez valer o mando de campo e conquistou três pontos preciosos diante da Chapecoense, voltando ao G-4 da Série B. O jogo começou com a Chape melhor, controlando o meio-campo e criando as principais chances do primeiro tempo. Mas o Avaí soube aproveitar os momentos decisivos: logo no início da segunda etapa, uma falha grotesca do goleiro Léo Vieira, prensado por Cléber, resultou no primeiro gol da partida e mudou a dinâmica emocional e tática do confronto.
Foi a senha para o Avaí crescer em campo. Mesmo após o empate de Ítalo, em jogada bem trabalhada pela Chapecoense, o time da casa retomou o controle e soube ser letal com um belo gol de Hygor, já nos minutos finais, após assistência precisa de Barreto. A vitória não foi construída no brilho, mas na inteligência. E em clássicos assim, saber competir vale tanto quanto jogar bonito.
Calderano: história no Mundial

O título não veio, mas Hugo Calderano escreveu um capítulo inédito no tênis de mesa mundial. Neste domingo (25), o brasileiro foi superado por Wang Chuqin por 4 sets a 1 e ficou com o vice-campeonato no Mundial disputado em Doha, no Catar. Apesar da derrota, Calderano se tornou o primeiro atleta nascido fora da Ásia ou da Europa a disputar uma final masculina de simples na história do torneio. Número três do mundo, ele consolida sua posição entre os grandes do esporte, apenas um mês após conquistar a Copa do Mundo, outro feito inédito para um jogador latino-americano.
Catarinenses dominam
O futebol de Santa Catarina vai muito bem na Série D. Neste fim de semana, o Marcílio Dias venceu o Brasil de Pelotas por 2 a 1 fora de casa e assumiu a liderança do Grupo A8 com 11 pontos. O destaque é o domínio dos catarinenses: os três primeiros colocados da chave são de SC. O Barra é o vice-líder com 10 pontos após empatar com o São José-RS, enquanto o Joinville também tem 10 pontos e pode assumir a liderança isolada se vencer o São Luiz nesta segunda (26). A disputa está acirrada, mas por enquanto, o topo é todo catarinense.
VAR no Brasileirão

O VAR, criado para corrigir erros claros e objetivos, virou protagonista nocivo no futebol brasileiro. Na Série A, a interferência excessiva tem minado a autoridade dos árbitros de campo. Casos recentes escancaram essa distorção: Bruno Arleu caiu na simulação de Braithwaite e confirmou um pênalti absurdo para o Grêmio.
Ramon Abatti Abel, em Palmeiras x Flamengo, teve sua atuação comprometida pela chamada de Wagner Reway para um pênalti cavado por Arrascaeta. Outro pênalti igual sobre Vitor Roque o VAR não chamou. Critérios diferentes. O árbitro da cabine insiste em apitar o jogo, destruindo o fluxo e a credibilidade da arbitragem. É hora de parar. O VAR deve auxiliar, não comandar.