Com a ida de Jair Bolsonaro (PL) para os Estados Unidos antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apenas dois outros presidentes da República não tinham passado a faixa para seus sucessores na história do Brasil.
O primeiro foi em 1894 quando Floriano Peixoto, conhecido como Marechal de Ferro, não compareceu na cerimônia de posse de Prudente de Moraes, pois apenas um secretário de Floriano esteve no evento, fez um breve discurso empossando-o, e foi embora.
O segundo caso foi em 1985 na posse de José Sarney, pois o presidente João Batista Figueiredo tinha programado tudo para passar a faixa para o presidente eleito Tancredo Neves, mas um dia antes o político mineiro foi internado as pressas. Com isso, sem a vontade de passar a faixa, acabou indo embora da solenidade numa saída pelos fundos do Palácio do Planalto.
Já sobre os ex-presidentes presos, o Brasil já teve 8 que foram para a cadeia após deixarem o cargo. Em 1922, o ex-presidente Hermes da Fonseca criticou a intervenção do Governo Federal sobre as eleições estaduais pernambucanas e ficou preso por quase seis meses.
Em 1930 Washington Luiz foi alvo de um golpe de estado e ficou preso por quase 30 dias. Em 1932, o ex-presidente Arthur Bernardes apoiou a Revolução Constitucionalista e acabou na cadeia.
Já em 1955, o ex-presidente Café Filho foi preso porque se teve a suspeita que ele seria o mentor de tentava de atrapalhar a posse de Juscelino Kubitschek, acabando indo para trás das grades.
Em 1968, já na ditadura militar, Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros também foram presos, mas por conta do AI5. Jânio foi detido num hotel no estado do Mato Grosso e acabou sendo proibido de sair do quarto por vários dias.
Em abril de 2018 Luiz Inácio Lula da Silva foi levado para uma cela na Polícia Federal, em Curitiba (PR), acusado de corrupção, onde ficou por lá até novembro de 2019. Ele, que era o principal alvo da Operação Lava Jato, foi o ex-presidente brasileiro que mais tempo ficou na cadeia.
Lula da Silva foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e, após o julgamento de um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, teve seu pedido de prisão decretado pelo ex-juiz federal, e senador eleito, Sergio Moro.
Mais tarde, o Supremo Tribunal Federal decidiu que Curitiba não era o foro adequado para o caso e pediu que o julgamento fosse refeito em Brasília, anulando todas as condenações.
Por conta de prerrogativas legais, como a idade superior a 75 anos, Lula não pode mais ser julgado e acabou ficando livre de toda as acusações.
Também em 2019, o ex-presidente Michel Temer foi detido preventivamente por 4 noites, também acusado por corrupção, mas acabou solto por falta de provas.
