Portal Making Of

Beira-Mar de Barreiros é apresentada a empresários da AEMFLO e CDL de São José

Foto: Silvia Chioca
Uma obra esperada pela comunidade empresarial e por todos os moradores da região da Grande Florianópolis, o projeto da Beira-mar de Barreiros foi apresentado ontem, 6, na AEMFLO e CDL de São José para mais de 100 empresários e autoridades. Até março de 2024 é esperada que todas as licenças  sejam realizadas e a conclusão da obra seja em  quatro anos.

Segundo o presidente da AEMFLO e CDL de São José, Gilberto Rech, a obra é uma antiga reivindicação dos empresários e há quase 40 anos é esperada pela entidade. “A mobilidade da nossa região depende desta obra. A obra vai melhorar a acessibilidade de toda a região e a melhora do sistema viário”. O presidente do Conselho Deliberativo das entidades, João Moacir Will, ressalta a importância da obra para a cidade e região. “Precisamos de obras importantes como essa para dar vazão ao crescimento da nossa região. São mais de 1,5 milhão de pessoas circulando diariamente”.

A reunião contou com a presença do prefeito Orvino Coelho de Ávila, secretários municipais e vereadores, além de empresários que compõem a diretoria e o conselho deliberativo da AEMFLO e CDL de São José. A Câmara de Vereadores aprovou no mês passado e o prefeito sancionou na semana passada o projeto autorizativo para que o Executivo possa contratar a operação de crédito Internacional junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), com a garantia da União, para construção da obra. Segundo o prefeito Orvino Coelho de Ávila ficar no trânsito custa a saúde do cidadão. “Custa o seu tempo, o dinheiro e a sua saúde”. Segundo ele São José o coração da região metropolitana. “Para entrar ou sair de Florianópolis precisa passar por São José”.

A futura Avenida Beira-Mar de Barreiros terá uma extensão de 8,250 km e visa fazer a ligação entre a Beira-Mar Continental de Florianópolis a BR-101. A obra toda está orçada em R$ 509 milhões: R$ 244 milhões de São José e R$ 265 milhões de Florianópolis. O projeto de São José contempla a implantação da via, no limite com Florianópolis, no Rio Büchler, até a ligação com a BR-101, no Rio Três Henriques, em Barreiros, em São José. “A futura via tem como proposta melhorar a mobilidade urbana, influenciar no turismo e na economia da região”, explica o prefeito.

O projeto prevê pistas de rolamento, passeios, ciclovias, área de lazer e bolsões de estacionamentos. A obra é considerada prioritária, visando aprimorar a mobilidade urbana e oferecer espaços de convivência para a população de São José e o desenvolvimento econômico e social da região. As duas prefeituras aguardam ainda a aprovação da Licencia Ambiental Prévia (LAP) por parte do Instituto do Meio Ambiente (Ima).

Pelo projeto, na Avenida Beira-Mar de Barreiros deverá haverá uma área de lazer de 28 mil m² e mais pequenas áreas de lazer ao longo da via; 5 salas multiuso (40 m² cada) destinadas ao ensino de educação ambiental, informática, culinária, artesanato, dança, dentre outros. Sala de 200 m² para reuniões, festividades e comemorações, concha Acústica de 150 m² para apresentações, espaço cultural, área de lazer e academia para 3ª idade, além de pista de skate, quiosques e equipamentos.

O engenheiro do Prosul, Robson Sebastiany, empresa responsável pelo Projeto, explicou sobre o estudo de Tráfego realizado pela empresa. “O estudo prevê que em 2026 serão mais de 32,2 mil veículos por dia. Já em 2035 serão mais de 37,2 mil veículos na região. A obra já prevê este crescimento”.

Um dos problemas relatados pela Prosul é a questão do solo na região. “O solo precisa ser bem tratado para não haver rompimentos”. O estudo hidrodinâmico também foi realizado levando em consideração inundações, cheias, marés. Está previsto uma grande rede de drenagem. Para 2 milhões de metros cúbicos para a terraplanagem.

Kalinka Laitano, oceanógrafa e engenheira ambiental da Prosul, apresentou a parte ambiental do projeto. Segundo a engenheira, o licenciamento está sendo feito pelo Instituto do Meio Ambiente(IMA). Será feita a dragagem de mais 2 milhões de metros cúbicos. “O estudo levou mais de um ano para ser elaborado e tem mais de 1 mil páginas. É um estudo bem elaborado. Foram realizadas entrevistas com moradores, estudos considerando condições  meteorológicas, geologia, geomorfologia, geolecria e pedalogia, recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Também foram realizadas pesquisas sobre a qualidade do ar, qualidade de água, ruídos, ruídos subaquáticos e vibrações”, explica. Foram coletadas mais de 40 amostras no mar. Além dos estudos da fauna e da flora.


Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Leia mais