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Bolsonaristas do PL questionam o silêncio de Jorginho Mello no caso de Silvinei Vasques

Não é de hoje que o governador Jorginho Mello, que é o atual presidente do PL de Santa Catarina, vive com divergências com a ala bolsonarista do seu partido.

O caso mais emblemático da eleição de 2024 foi a candidatura da ex-prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, que foi a candidata do partido, mas acabou sendo rejeitada pela ala e pelo próprio Jair Bolsonaro (PL) por ela ter feito críticas ao ex-presidente durante a pandemia do Covid-19.

Indiretamente, o grupo bolsonarista liberal acabou apoiando a reeleição do prefeito Orvino de Ávila (PSD) que, de quebra, ganhou um aliado de peso que sempre foi muito próximo de Bolsonaro nos 4 anos em que comandou o Brasil.

Silvinei Vasques (PSD) passou quase um ano preso em Brasília sob a acusação de suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022. O juiz Alexandre de Moraes, do STF, entende que ele usou a Polícia Rodoviária Federal para dificultar o transporte de eleitores na região Nordeste do país.

Na terça-feira, 22, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal acolheu de forma unânime a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o Silvinei e mais cinco pessoas, transformando todos em réus no processo.

Silvinei Vasques é o atual secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na Grande Florianópolis, e desde a sua prisão, sempre reclamou da falta de apoio e de manifestações de membros da executiva nacional e estadual do PL que, segundo ele, o abandonaram depois que deixou a diretoria-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 

O SILÊNCIO

Depois que Silvinei virou réu, o governador Jorginho Mello se manteve em silêncio e, mais uma vez, recebeu questionamentos de pessoas do PL que ainda entendem que Vasques colocou a carreira em risco para beneficiar Jair Bolsonaro.

Bolsonaristas dizem estranhar a ausência de manifestação do governador, especialmente diante da gravidade do caso e da repercussão nacional do julgamento. A ala bolsonarista também não aceita Jorginho Mello entregar duas secretarias e mais a Fesporte para o MDB, que hoje faz parte da base de Lula em Brasília.

A extrema-direita catarinense entende que a decisão do STF de tornar Silvinei Vasques réu ocorre em um momento delicado para Jorginho Mello, que, segundo eles, precisa se posicionar diante de temas sensíveis e de forte apelo político. A expectativa é saber se nos próximos dias o governador vai ou não se pronunciar sobre esse assunto.

 

 

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