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Branding no look corporativo e seus aprendizados: é uma grande tendência para grandes empresas – Por Felipe Argon

Por Felipe Argon*

Começo este texto em um momento mais corriqueiro do meu dia. Durante a minha ida ao trabalho, sempre me deparo com trabalhadores uniformizados, limpando a rua. Aqueles uniformes sempre me chamam atenção. Não somente pela “faixa refletiva”, mas por tudo que aquele sinal representa. Sempre me pego pensando que um uniforme vai muito além de uma identificação, ele veste e alimenta muitas famílias e sobre esse propósito, que visamos trabalhar o branding de uma marca. A emoção e a forma como nos relacionamos com o público-alvo representa o que queremos comunicar, transformando a expressão em personalidade.

Dando uma volta no tempo, conseguimos identificar vários momentos em que a moda ditou status e tendência, só ainda não tinha o nome bonito que hoje usamos: BRANDING. D. Luís XIV, (1638-1715), Rei da França, por exemplo, durante seu governo adotou a peruca branca que passou a indicar as diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de status e prestígio. Mas, claramente, isso tinha um propósito inicial que era esconder a calvície dele, simples assim. Isso faz todo sentido quando tentamos comunicar pilares de marca para chegarmos a um só objetivo.

Mas por onde começar? Tenho uma dica. Que tal começar a fazer exercícios para tentar entender cada adjetivo que faz parte do mundo da sua marca? Reúna todos sem se preocupar com a quantidade, depois vem a parte mais difícil, escolha somente três indispensáveis. Pronto, agora podemos começar o trabalho, numa primeira fase vamos entendendo todos os elementos visuais, sons, texturas e sensações que um consumidor experimentaria ao envolver-se com a marca. Lembrando que os outros adjetivos serão o recheio de toda sua comunicação. Agora sim podemos começar a falar sobre a tão famosa palavra “BRANDING”.

Um branding bem pensado pode ajudar a gerar margens de lucro maiores. Existem diversos produtos idênticos na indústria da moda, onde realmente o que se sobressai, além da etiqueta e um propósito bem definido, é a percepção e o acolhimento da marca.

Olhando de uma forma onde a etiqueta dita o mercado, tenho minhas ressalvas ao concordar com a maioria dos artigos que vemos por aí, e posso aqui citar alguns exemplos que me fizeram refletir. Estudando um pouco sobre moda, não tem como fugir da Princesa Diana a mais amada da família real britânica. Ela aprendeu a fazer seu guarda-roupa e da sua personalidade uma marca, que contou com ajuda da Estilista Catherine Walker.

A Princesa Diana dominava a arte de usar em sua vestimenta o que realmente queria transmitir e sem medo de quebrar tabus da cartilha real. Ao visitar hospitais, vestia cores luminosas para parecer mais acessível e feliz por estar ali vivendo o momento. Nas visitas ao exterior, usava peças inspiradas nas cores nacionais, como o vestido branco com bolinhas vermelhas, que usou no Japão em 1986.

Algo muito assertivo e estudado e, até posso dizer, com uma apurada percepção, recusou-se a usar luvas, como fazia sua sogra, a Rainha Elizabeth II.

A mulher mais fotografada de sua época, aparecendo em todos os tabloides apertando a mão de pacientes com Aids, em 1987, o que ajudou a acabar com certos mitos que cercavam a doença, como o do contágio ao menor contato. Prestar atenção nos simples detalhes e em como uma empresa deve se comportar e se mostrar através de seu vestuário, faz toda a diferença, além de criar conceito e pilares para a companhia.

Cada vez mais estamos percebendo esse cuidado nas corporações. Não somente devemos gastar energia em contar uma história e transmitir uma mensagem através dos meios de comunicação mais tradicionais. Desde sempre, a moda vem revelando e quebrando tabus de toda uma geração, e a empresa que busca ter esse pensamento estará sempre à frente na sua comunicação. Pensar e vestir seu principal influenciador como embaixador da sua marca é o passo número 1 para qualquer início de sucesso de comunicação e posicionamento de marca.

*Felipe Argon é diretor de marketing da Cia Mandarine.

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