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Brasil chega a 2 milhões de influenciadores, somando crescimento de 67% em relação ao ano anterior

Foto: Canva

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking global de tempo diário dedicado às redes sociais, segundo dados da DataReportal, que também destaca InstagramTikTok e YouTube como plataformas mais usadas no país. Com alto consumo digital, o país se torna terreno fértil para o marketing de influência, abordagem que consiste em praticar ações focadas em indivíduos com influência ou liderança sobre potenciais clientes de uma marca.

O aumento do uso das redes sociais no cotidiano é acompanhado por um crescimento expressivo no número de influenciadores digitais nos últimos anos. Dados da Influency.me apontam que, entre março de 2024 e março de 2025, o volume de criadores de conteúdo cresceu 67%, saltando de 1.2 milhão para 2 milhões.

“Esse crescimento reflete o protagonismo digital do Brasil e a consolidação da influência digital como profissão. Os produtores de conteúdo não apenas promovem produtos e serviços, mas exercem papel fundamental na publicidade ao engajar suas comunidades e conquistar a confiança dos seguidores por meio de credibilidade e conexão autêntica”, analisa Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me.

 

Perfil dos influenciadores brasileiros

Segundo a plataforma, entre os influenciadores que declararam sua idade, a faixa etária entre 25 e 34 anos é a que conta com mais influenciadores, conforme dados abaixo.

  • Entre 13 e 24 anos: 39,37% dos influenciadores
  • Entre 25 e 34 anos: 48,66% dos influenciadores
  • Entre 35 e 44 anos: 9,19% dos influenciadores
  • Entre 45 e 54 anos: 2,75% dos influenciadores
  • Acima de 55 anos: 0,02% dos influenciadores

No aspecto de gênero, 56% dos influenciadores declararam ser do sexo feminino, enquanto 43% se identificam como do sexo masculino. Já 1% se declara como marca, não inserindo gênero.

 

Jovens na influência digital

O crescimento do número de influenciadores jovens reflete uma mudança cultural significativa. “Antigamente, os jovens queriam ser jogadores de futebol. Hoje em dia, a profissão dos sonhos é influenciador”, observa Azevedo, CEO da Influency.me. A atração pelo aparente glamour da carreira tem conquistado muitas pessoas, especialmente os mais novos, que buscam reconhecimento e autonomia.

No entanto, pontua Azevedo, os desafios da profissão vão além da exposição nas redes sociais. “A gestão de audiência, a criação constante de conteúdo relevante e o atendimento às expectativas das marcas tornam a influência digital uma carreira tão extremamente exigente, que vem demandando cada vez mais dos profissionais”, complementa o executivo.

 

Hiperprofissionalização do setor

O CEO da empresa descreve o momento como de hiperprofissionalização. “Com número crescente de influenciadores disponíveis, marcas e audiência estão mais exigentes. Isso requer dos criadores uma abordagem mais estruturada, que inclua roteiros bem elaborados, cenários cuidadosamente planejados e um nível elevado de qualidade em gravações e edições. Ou seja, essa corrida diária por espaço e visibilidade está transformando as práticas do setor, exigindo habilidades técnicas, criatividade e um olhar estratégico por parte dos profissionais que desejam se destacar”, avalia Azevedo.

 

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