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Carlos Moisés rebate críticas do governador Jorginho Mello e diz que ele tem que ser tão bom quanto ele foi

Depois do dia 31 de dezembro, quando deixou o Governo do Estado, o ex-governador Carlos Moisés é visto frequentemente pelo centro da cidade de Tubarão e tem também aproveitado a praia de Iporã, onde recarrega as energias para voltar a política em 2023.

É que Carlos Moisés vai assumir em março a presidência estadual do Republicanos e será o responsável pela condução da legenda visando as eleições municipais de 2024.

Mas antes de pensar em eleição, ele deu uma entrevista para a Rádio Cidade, de Tubarão, na quinta-feira, 9, desmentindo, segundo ele, algumas acusações de integrantes do atual Governo do Estado e também do governador Jorginho Mello.

Moisés diz que seu governo fez o maior investimento da história do estado em várias áreas, mas que estes investimentos não foram apenas para um governo, mas para serem seguidos pelo governo que o sucedeu. “Quando o governo é assumido por um estadista, os projetos de estado continuam e essa é a diferença de um estadista, daquele que tem a percepção que não importa se um convênio ou um projeto iniciou num governo anterior”.

Sobre a obra da ponte do Pontal, em Laguna, o secretário da Casa Civil, Estener Soratto Junior (PL), que é de Tubarão, disse que essa era uma obra eleitoreira, pois Moisés só havia deixado R$ 20 milhões para uma obra que custará mais de R$ 300 milhões.

Moisés disse que, “esse projeto levou mais de um ano para ser elaborado e essas pessoas nunca fizeram gestão pública, não conhecem nada de gestão pública, não fizeram a transição de governo, chegaram, passou-se os dois meses de governo e se assustaram com o tamanho da máquina, acharam que era uma coisa pequena, mas o estado é uma coisa grande”.

“Não falta nenhuma licença para essa obra, mas se falta, não é problema nosso, essa é uma obra de estado, aquela é uma rodovia estadual e o governo tem que fazer essa ponte. O que ele não pode é achar que é muito bonita para os lagunenses, que ela é boa demais para os tubaronenses, que ela é boa demais para a Amurel, que ela tem que ser mais barata, que ela não precisa ter duas ciclofaixas, que ela não precisa ter quatro pistas, que ela não precisa ter ponto para pesca, pontos de observação, que ela não precisa ter passagem para pedestre, precisa sim”.   

Moisés disse que também recebeu o governo com um R$ 1,5 bilhão de déficit, mas no primeiro ano conseguiu um superavit de R$ 160 milhões. Em janeiro deste ano o governador Jorginho Mello deu uma entrevista informando que pegou o governo com R$ 2,85 bilhões de déficit e que precisará fazer ajustes para colocar as contas em dia.

Na entrevista, Moisés comenta também sobre o período da pandemia, o decreto que assinou no dia 28 de dezembro de 2022 suspendendo os repasses do Plano 1000 e também da diminuição da arrecadação por conta da diminuição dos repasses do Governo Federal.

Sobre o futuro na política, Carlos Moisés não planeja ser prefeito de nenhuma cidade do estado, mas que vai conversar com membros do partido para que o Republicanos tenha representatividade na grande parte dos municípios de Santa Catarina.

“Veja o que o nosso governo tirou do papel, … um governo que teve só quatro ano, e que dois anos a pandemia comeu, entendeu, um governador que foi afastado por duas vezes injustamente, por 30 dias e 40 dias, brincaram de fiscais de um governo de forma irresponsável, e a gente tem que olhar pra frente, mas a verdade é essa. E com tudo isso, sofrendo tanto, esse governo apresentou tanto resultado. Então esse é o desafio que se impõe ao novo governo, ser tão bom e ser tão eficiente quanto foi o nosso governo”, finalizou o ex-governador Carlos Moisés.

Você pode ver a entrevista de Carlos Moisés para a Rádio Cidade FM, de Tubarão, logo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=fJPDoBIzwx0

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