Mesmo sendo pura especulação, alguns nomes surgem como possíveis secretários no governo de Jorginho Mello. Ele diz que a sua lista está guardada a sete chaves e que vai divulgar os primeiros indicados apenas no dia 1º de dezembro.
Mas o nome da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) surgiu como a primeira possível indicada para a secretaria de Saúde. O deputado estadual Sérgio Mota, presidente do Republicanos, já deixou claro que gostaria de indicar o nome da pasta do Desenvolvimento Social.
Para a secretaria de Segurança Pública, o nome pode vir de uma indicação do presidente Jair Bolsonaro e, com isso, Silvinei Vasques, que é Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal. O que pode atrapalhar Vasques é o pedido de afastamento dele do cargo atual e uma condenação por improbidade administrativa, feito pelo Ministério Público Federal, por entender que Silvinei fez uso indevido do cargo para favorecer a candidatura à reeleição do presidente Bolsonaro.
Nos quadros da PRF desde 1995, ele já foi superintendente da Polícia rodoviária Federal em Santa Catarina e no Rio de Janeiro e também já foi, em 2007 e 2008, secretário Municipal de Segurança pública e de Transportes no Município de São José, na Grande Florianópolis.
Para a Educação, o nome do professor Aristides Cimadon, atual presidente da Acafe (Associação Catarinense das Fundações Educacionais), surge com força para assumir essa pasta. Ele foi um dos idealizadores e o primeiro Reitor da Unoesc, já foi conselheiro do Conselho Estadual de Educação, foi presidente da Fundação CETEPE (Centro de Ensino Técnico do Vale do Rio do Peixe) e é membro benemérito do IASC (Instituto dos Advogados de Santa Catarina).
Já na futura Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços, que hoje é a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável, o nome deve vir de dentro da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), onde Jorginho esteve na sexta-feira, 18, ouvindo as reivindicações do setor.
Jorginho já afirmou que vai criar a Secretaria de Ciência e Tecnologia, hoje vinculada na Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável no governo de Carlos Moisés. Com isso, é certo que a Acate (Associação Catarinense de Tecnologia) ficará responsável por indicar o nome que mais se enquadre com os anseios do setor.
MAIS INDICAÇÕES
A Associação das cooperativas de Santa Catarina deve indicar o nome do secretário de Agricultura e Valdir Colatto, que durante muitos anos esteve no MDB e hoje está no PL, partido de Jorginho, é o nome mais forte para essa Secretaria.
Colatto é Engenheiro Agrônomo e sempre defendeu o agronegócio catarinense nos seus 7 mandatos de deputado federal. Em 2017 foi relator do Projeto de Lei que visava liberar a caça de animais selvagens no Brasil.
Na Procuradoria-Geral do Estado, o nome pode vir de uma sugestão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Jorginho esteve na entidade na semana passada e conversou com os desembargadores, em especial com João Henrique Blasi, que já foi deputado estadual, e é um órgão que recebe muitos políticos oriundos da Alesc.
Segundo informações dos bastidores da política, o chefe da Casa Civil virá de uma indicação política, como aconteceu com Eron Giordani no governo de Carlos Moisés, Na Secretaria de Comunicação, o nome sairá do grupo de trabalho de Jorginho Mello, pois é uma pasta que trabalhará muito próxima ao governador eleito.
Para a presidência da Assembleia Legislativa, Jorginho Mello está conversando com lideranças de vários partidos para formar um grande bloco de apoio ao seu governo. É fato que nenhum dos 11 deputados estaduais eleitos pelo PL em 2022 ocuparão a vaga na presidência do legislativo estadual.
Com isso, ele trabalha com os nomes de Mauro de Nadal (MDB), José Milton Scheffer (PP) e de Rodrigo Minotto (PDT) para poder atrair esses partidos para compor o grupo governista na Alesc. Na próxima legislatura, o MDB terá seis deputados, o PP terá três e o PDT só terá Rodrigo Minotto, mas este pode ser o elo entre o PT e o governo de Jorginho Mello em SC.
