Num almoço entre a bancada do Partido Liberal na Assembleia Legislativa de Santa Catarina e o governador eleito Jorginho Mello, foi deliberado, entre outros assuntos, a aprovação do apoio à candidatura do deputado José Milton Scheffer (PP) para a presidência da Alesc.
A decisão surge com o amplo diálogo e tratativas internas que vem ocorrendo no sentido de encaminhar a eleição da nova mesa diretora do parlamento catarinense.
Na reunião, foi aprovado também a indicação do apoio para que a deputada Ana Caroline Campagnolo (PL) ocupe o cargo de 1ª Vice-Presidente neste processo eleitoral que está em fase de articulação e cuja escolha será definida e oficializada por todos os integrantes do parlamento a partir do início de fevereiro de 2023, no começo do ano legislativo.
Com isso, fica evidente que a estratégia é isolar a bancada do MDB, que terá seis deputados estaduais a partir do ano que vem, e que, nesse primeiro momento, não terá a parceria com o partido do novo governador para a disputa da presidência da casa.
A decisão ocorre depois que o nome de Júlio Garcia (PSD) começou a circular nos corredores da Assembleia. Sabedores da força e da boa articulação que o deputado do PSD tem dentro da Alesc, entenderam que era necessária uma ação para não deixar que essa possibilidade vá a frente.
Ficou claro também que a vontade de Jorginho Mello de que nenhum deputado do PL se candidatasse a presidência foi respeitado, mas é fato que o governador eleito não se opôs que um dos 11 deputados do partido pleiteie outras vagas na mesa.
Indiretamente, Zé Milton Scheffer é o candidato de Jorginho e do futuro governo de Santa Catarina, colocando o MDB numa sinuca de bico. Obviamente que o partido de Carlos Chiodini e Antídio Lunelli vão se reunir para avaliar a situação, mas dificilmente tentarão bater de frente com o futuro governador, mas também não vão querer sair de mãos vazias dessa eleição.
