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Deputados Federais que não se elegeram pedem mudanças nas regras atuais

Deputados que não se reelegeram porque seus partidos não atingiram as cláusulas de desempenho criticaram as regras da eleição proporcional. Em regra geral, os partidos só elegem deputados se atingirem o quociente eleitoral, que é o número de votos válidos de determinado estado dividido pelo número de vagas desse estado na Câmara dos Deputados.

Em Santa Catarina, o número de votos válidos no primeiro turno foi de 4.471.619. Como o estado tem direito a 16 vagas na Câmara Federal, cada vaga representa 279.476 votos. Então, quanto mais votos o partido recebe somando todos os candidatos, maior é o número de vagas que ele tem direito.

Mesmo que um partido tenha um candidato que seja o mais votado com 250 mil votos, mas que não atinja o número mínimo de votos para uma vaga, ele acaba não se elegendo.

O deputado Ronaldo Martins (Republicanos-CE) recebeu 104 mil votos, mas o partido dele teve um total de 179 mil votos e não atingiu o quociente eleitoral no Ceará, que foi de 232 mil votos, o que fez com que ficasse sem nenhum representante do estado na Câmara.

Já a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) também não conseguiu se reeleger, com base nos mesmos critérios. A soma dos votos de todos os candidatos da federação formada por PCdoB, PT e PV no Acre não atingiu o quociente eleitoral, que no estado foi de 54 mil votos.

Perpétua Almeida, que teve quase 15 mil votos, pede mudança nas regras e diz que o sistema atual prejudica os pequenos partidos.

Na eleição majoritária para presidente, governador, prefeito e senador, ganha quem tem mais votos. Esses critérios, segundo a legislação, tem o objetivo principal de fortalecer os partidos, em vez de focar nos candidatos.

O deputado Hildo Rocha (MDB-MA), eleito suplente, questionou o cálculo feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Fui o 12º candidato mais votado. Teve candidato com quase a metade dos votos que eu obtive que se consagrou deputado federal. Mas o nosso partido, o MDB, entrou com uma representação por entender que, dessa forma como está construído o algoritmo pelo tribunal, não respeita o princípio da proporcionalidade”, disse.

No Maranhão, o MDB teve direito a apenas uma cadeira para a Câmara, com base no quociente eleitoral.

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