“Resgate Implacável”
O Figueirense protagonizou neste domingo uma das atuações marcantes da Série C. Vitória por 2 x 0 sobre o Ituano, que poderia assumir a liderança, diante de 6.525 torcedores no Scarpelli. Três meses sem vencer, lanterna da competição, pressão de todos os lados… e mesmo assim, o Furacão reagiu. Como no filme de David Ayer, “Resgate Implacável”, estrelado por Jason Statham, o técnico Pintado assumiu o protagonismo de um grupo desacreditado e deu início a um resgate digno de roteiro cinematográfico.
Pintado e a nova missão

Ele chegou, reorganizou, motivou e venceu. Pintado mostrou que liderança técnica e emocional ainda fazem diferença no futebol. Sua leitura de jogo, o posicionamento do time e a entrega dos atletas são prova de que há sim um novo caminho sendo trilhado no Scarpelli. Contra o Ituano, o Figueirense foi intenso, eficiente e, principalmente, determinado. Mais do que três pontos, foi uma injeção de confiança em um grupo que começa a escrever sua reviravolta.
Concentração e comprometimento
O triunfo sobre o Ituano não foi obra do acaso. Foi fruto de um time que entrou com alma, seguiu à risca o plano tático e jogou com intensidade do início ao fim. A defesa, antes vulnerável, foi segura. O ataque, antes apático, criou, finalizou e marcou. Uma performance que deixa claro: se jogar com essa postura, o Figueirense pode sim vencer qualquer adversário da Série C. O elenco reencontrou o caminho. Agora, é manter o foco e não retroceder.
Sinal de vida
O Figueirense não apenas venceu. Convenceu. Jogou com autoridade, controlou o jogo e se impôs diante de um dos melhores times da competição. Para quem vinha de três meses de seca, foi um recomeço com cara de virada de chave. O torcedor, apesar dos protestos contra a diretoria, saiu com algo que não levava para casa há tempos: esperança.
Protestos

A vitória tirou o time da lanterna, afastou o Z-4 e abriu uma janela para sonhar. Mas o resgate não termina aqui. Fora de campo, a turbulência segue. O protesto das arquibancadas foi claro, e o clima institucional ainda preocupa. Mas se em campo o Figueirense mantiver a mesma seriedade e entrega mostradas contra o Ituano, o torcedor pode acreditar: há vida, há força, e há reação. A Série C permite reviravoltas. E o Furacão começou a sua.
Criciúma afunda na crise
Mais uma derrota e nenhuma perspectiva de reação. O Criciúma, dirigido por Eduardo Baptista, voltou a decepcionar na Série B do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (18), o Tigre foi até Maceió e saiu derrotado por 1 a 0 pelo CRB, em duelo válido pela oitava rodada. A equipe catarinense soma agora seu terceiro jogo sem vitória e vê a parte de baixo da tabela cada vez mais próxima.

Gol contra
O gol que definiu a partida no Estádio Rei Pelé foi um retrato da desorganização do time: após cruzamento pela direita, Marcelo Benevenuto tentou cortar e acabou marcando contra. Ainda houve a chance do empate em cobrança de pênalti, mas Marcelo Hermes parou nas mãos do goleiro Matheus Albino, que defendeu no canto esquerdo.
O Criciúma, que veio da Série A, mostra um desempenho pífio nesta segunda divisão. Com um futebol apático, erros recorrentes e um ataque inofensivo, o time de Eduardo Baptista parece ter perdido completamente o rumo. A queda de produção é alarmante, e a proximidade da zona de rebaixamento expõe a urgência por mudanças dentro e fora de campo. O Tigre, que deveria brigar pelo acesso, hoje luta para não afundar de vez.
Alerta ligado na Ressacada

Do topo direto para o meio da tabela. O Avaí, que chegou a liderar a Série B com autoridade, vive agora um momento preocupante após três jogos sem vencer. O empate com a Ferroviária, embora tenha rendido um ponto, foi um sinal claro de estagnação, especialmente pelo desempenho pobre nas finalizações. A competitividade está alta, a tabela segue embolada, mas quem vacila demais fica para trás. E o Leão precisa reagir já, antes que o pelotão da frente descole de vez.
Sinal amarelo para Jair Ventura
É hora de acender o sinal amarelo também no trabalho da comissão técnica. A queda de rendimento recente cobra respostas rápidas. Jair Ventura terá a semana cheia para ajustes, tanto táticos quanto mentais. O clássico catarinense contra a Chapecoense é mais que um jogo: é a chance de recuperar confiança e moral. E quem sabe contar com o retorno de Alef Manga para dar o diferencial ofensivo que o time tanto precisa.
Brito, Genivaldo se foi
O auge e a queda de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF ocorreram em um intervalo surpreendentemente curto de apenas 52 dias. Reeleito por aclamação em 24 de março com apoio unânime das federações e clubes das Séries A e B, Ednaldo parecia consolidado no poder. Contudo, uma série de insatisfações acumuladas explodiu após sua reeleição: a decisão do TJ-RJ de afastá-lo abriu espaço para uma debandada em massa de antigos aliados, muitos dos quais já esperavam a chance de romper com o presidente.

Com a presidência da CBF agora vaga, o cenário político gira em torno de dois nomes principais: Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense, apoiado pela maioria das federações estaduais, e Reinaldo Carneiro Bastos, da Federação Paulista de Futebol, com respaldo expressivo de 32 clubes. A eleição prevista para o final de maio promete uma disputa intensa e um desejo generalizado por “renovação” e estabilidade institucional.