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Dois pesos e duas medidas!

Dois pesos e duas medidas!
Foto: Divulgação

Pouco mais de uma semana do anúncio do pacotaço do Governo do Estado para alavancar projetos nos municípios catarinenses, os funcionários públicos reivindicam mais atenção, apontam para a injustiça causada pela reforma da previdência e pedem reposição salarial.

 

Abandono. Lideranças sindicais realizaram ato nesta quinta-feira no CETRE – Centro de Treinamentos da Epagri motivados pelo é o “abandono” do Governo de SC frente às negociações do acordo coletivo de trabalho que deveria ter sido assinado em maio/2021. Na outra ponta, os funcionários públicos catarinenses terão que arcar com a falta de injustiça tributária e equidade contributiva da Reforma da previdência estadual que atinge em cheio o bolso de quem ganha menos.

 

Distorções. A falta de atenção à situação dos funcionários públicos persiste e a categoria acumula perdas ao longo dos anos. Existem distorções e arestas a serem aparadas, mas  antes de tecer qualquer crítica é necessário compreender que a grande maioria dos funcionários está muito longe de ser considerada marajá do serviço público e mesmo assim a contribuição previdenciária é de 14% (sobre a remuneração bruta) não apenas os que têm os salários mais altos, mas também quem recebe acima de R$1,1 mil, ou seja, o impacto da reforma da previdência vai ser sentido principalmente pelos funcionários que recebem menos, fato conhecido pelo Governo porém negligenciado. Infelizmente poucos Governadores deram a atenção merecida aos funcionários estaduais ao longo da história, mas para a história os Governadores passam e alguns deixam os funcionários públicos mais pobres, um capítulo também assinado por Carlos Moisés, Governador de Santa Catarina e, pelo menos para o cofre do Estado, os tempos não são de vacas magras.

 

 

Dois pesos e duas medidas. Para várias categorias de servidores está concedendo aumentos de R$7.000,00, para outras até mais. Para a cultura, educação especial e esporte, os aumentos variam entre trezentos reais, até mil reais. Ressaltando que são trabalhadores que ganham menos até que os professores e estão desde 2014 sem aumento. De olho nas eleições do próximo ano parlamentares catarinenses apoiam a prática da discriminação entre servidores do mesmo governo do Estado para agradar o Governador Carlos Moisés. Enquanto um servidor de nível médio da área da cultura que ganha R$2.000,00, sem os descontos,  terá um aumento de R$300,00 pagos em 2 vezes em 2022, um aluno da Polícia Militar vai receber um aumento de 300%, ou seja, o subsídio recebido por esses alunos vai passar de R$ 4.700,00 para R$ 16,300.00 em 2022.  Sem dúvida não se trata de uma crítica específica, até porque a Segurança Pública ficou 8 anos sem reajuste, mas de salientar a desproporção de um aumento de 300% frente a outras categorias e é necessário considerar que os outros funcionários públicos também estão sem reajuste há muito tempo.  

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