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Hildebrandt não descarta o PL e planeja vencer Décio em Blumenau

Neste momento a maior preocupação do prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), é fazer com que a Oktoberfest seja um evento de sucesso depois de dois anos de pandemia que impediram a realização da segunda maior festa popular do país.

Mas nas nessas semanas de festa ele não tirou os olhos da eleição de 2022. Mário não teve êxito com os candidatos André Espezim, que disputou uma vaga na Câmara Federal, e com o governador Carlos Moisés (Republicanos), onde o prefeito blumenauense era o principal cabo eleitoral no Vale do Itajaí.

No segundo turno, Hildebrandt já declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro e ao senador Jorginho Mello, ambos do PL, e o seu principal objetivo agora é fazer com que Blumenau dê aos dois candidatos uma votação expressiva muito por conta de Décio Lima (PT) ter a sua base eleitoral na cidade.

Como o Podemos, seu atual partido, implodiu depois da derrota do governador Moisés, Mário Hildebrandt já vê com bons olhos a filiação no Partido Liberal. Obviamente que isso não aconteceu ainda porque tudo poderia parecer um gesto oportunista, mas independente de quem seja o próximo governador, Hildebrandt precisará de novos ares.

Na conversa que teve com Jorginho Mello, ele deu o seu apoio ao candidato do PL depois de ouvir de Jorginho que as verbas prometidas por Moisés no famoso “Pix” estariam garantidas para a fase final do governo municipal.

DUAS FORÇAS

Mas se realmente Mário Hildebrandt se filiar no PL, terá que dividir os holofotes com o deputado estadual reeleito Ivan Naatz, que é quem comanda o partido em Blumenau.

O problema que pode surgir com a ida de Hildebrandt para o PL é que o prefeito já está preparando a sua vice, Maria Regina Soar (PSDB), para ser a sua candidata nas eleições municipais de 2024 e Ivan Naatz, com a vitória nas urnas em 2022, já é um nome natural dos Liberais para disputar o mesmo cargo daqui há dois anos.

Mas como na política tudo se ajeita e Mário já mostrou saber se moldar de acordo com a situação que se apresenta, pode surgir aí uma junção de todos em torno de uma mesma candidatura ou de abandonar um barco para remar por outro.

Hoje, em Blumenau, temos Hildebrandt com a chave do governo e temos Naatz com o apoio do provável governador de Santa Catarina.

Mas não podemos desconsiderar o deputado estadual eleito Marcos da Rosa (UB), que tem o apoio do agora deputado federal Ismael dos Santos (PSD) e da igreja evangélica, temos Napoleão Bernardes correndo por fora num voo solitário e temos também a esquerda com Décio Lima e a deputada federal Ana Paula Lima podendo montar uma frente realmente forte.

Mas todas essas futurologias só poderão se tornar uma realidade depois de sabermos quem será próximo presidente da República e quem governará Santa Catarina a partir de 2023. Até lá, só nos resta esperar.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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