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Homens casados e mulheres solteiras apresentam maior satisfação com a vida

O bem-estar subjetivo é um termo utilizado na literatura para medir a satisfação dos indivíduos com a própria vida. Trata-se de uma avaliação subjetiva, incluindo aspectos emocionais e cognitivos. É um conceito amplo que engloba julgamentos e emoções com relação a interesses, respostas emocionais – como felicidade e tristeza – a eventos da vida, bem como satisfação com o trabalho, relacionamentos, saúde, atividades de lazer, significado e propósito e outras áreas. Essas manifestações podem ser medidas objetivamente por meio de métricas validadas por pesquisadores. Uma delas é a “Escala de Satisfação com a Vida” criada por Ed Diener, psicólogo americano e um dos maiores estudiosos do bem-estar subjetivo em nível global.

Foi utilizando essa escala que os pesquisadores Cristiane SoetheCynthia Boos de Quadros e Paulo Reinert, vinculados à Universidade Regional de Blumenau (Furb), em Santa Catarina, investigaram algumas medidas de bem estar relacionadas a gênero e idade, em uma amostra composta por 496 participantes.

Um dos achados do estudo é que as mulheres apresentam níveis de bem-estar subjetivo mais altos que os homens. Quando relacionados ao estado civil, porém, uma conclusão chama a atenção: homens casados apresentam maior índice de bem-estar subjetivo do que solteiros, relação inversamente proporcional à das mulheres. Ou seja, homens comprometidos estão 13,9% mais satisfeitos com a vida do que as mulheres na mesma situação. “Pelos dados obtidos, as solteiras aparentam estar mais felizes do que as casadas. Não temos dados para justificar essa diferença, mas acreditamos que as mulheres não comprometidas possam se sentir dessa maneira por terem mais liberdade para perseguirem seus objetivos, além da abertura crescente para novas formas de relacionamentos que temos vivenciado”, aponta Cynthia.

Outro dado verificado na pesquisa é que, entre os homens, a faixa etária que apresenta maior nível de bem-estar subjetivo é entre 50 e 59 anos. Já entre as mulheres, é acima de 60 anos.  O menor índice de bem-estar entre homens é identificado na faixa dos 16 a 29 anos e entre as mulheres, na faixa de 40 a 49 anos. Na média geral, os maiores índices de bem-estar subjetivo, quando considerados os dois gêneros, estão acima dos 50 anos. Esses números corroboram com outros estudos já realizados por pesquisadores ao redor do mundo. Um deles, feito nos EUA, examinou dois grupos de indivíduos americanos: um composto por jovens com menos de 35 anos de idade e o outro por indivíduos com mais de 75 anos de idade. O primeiro grupo apresentou níveis mais altos de felicidade, mas menor satisfação com a vida. Em contrapartida, o grupo mais velho apresentou níveis mais baixos de felicidade, mas maior satisfação. “O que observamos é que os indivíduos mais velhos podem perceber, em seus últimos anos, que estão se saindo melhor do que o esperado e, como resultado, sentem-se satisfeitos com suas vidas”, aponta Reinert.

A pesquisa também abordou comportamentos de consumo sustentável, uma vez que diversos estudos empíricos sugerem que essa conduta pode contribuir positivamente para o bem-estar emocional. “Uma possível explicação para essa relação é que o consumo sustentável alinha os comportamentos de consumo com valores pessoais e sociais, proporcionando um sentido de propósito e conexão com a comunidade”, explica Cristiane. Neste sentido, a pesquisa apontou uma preocupação maior entre as mulheres acima de 60 anos, faixa etária esta que representa os menos preocupados com o consumo sustentável entre os homens. “Pessoas que adotam práticas de consumo sustentável frequentemente relatam uma maior sensação de controle sobre suas vidas e uma conexão mais profunda com a natureza. Essas práticas também podem reduzir o estresse e a ansiedade associados ao consumismo e à acumulação excessiva de bens materiais. Ao focar em necessidades reais e na qualidade dos produtos, em vez da quantidade, os indivíduos podem experimentar uma maior satisfação e felicidade. E foi isso que pudemos reafirmar com nosso estudo”, observa a pesquisadora.

 

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