Cobrança necessária
O Avaí não pode repetir o desempenho apático da última rodada no confronto deste sábado, 20h30min, contra o CRB na Ressacada. A derrota para o Coritiba expôs deficiências táticas e ofensivas que Jair Ventura precisa corrigir com urgência. Sem Zé Ricardo, a responsabilidade recai sobre Barreto, que terá a missão de proteger a zaga e dar fluidez à saída de bola. O torcedor exige uma resposta e com razão.

Barroca de volta
Do outro lado, reencontro com um velho conhecido da Ressacada. Eduardo Barroca foi um dos técnicos mais queridos da torcida nos últimos anos. Seu estilo de jogo, de posse e inteligência, é bem assimilado pelos atletas que hoje vestem a camisa do Avaí. Essa leitura pode ser uma vantagem estratégica para o CRB. Barroca volta como adversário e perigoso.

Xadrez tático
Este não será um jogo de trocação. Avaí e CRB devem protagonizar uma partida de paciência e ajustes. Jair Ventura deve abandonar os três zagueiros e montar um meio-campo mais combativo. Barroca virá com Meritão e Gegê para controlar a posse. O frio da noite de sábado pede uma partida quente em inteligência, precisão e entrega.
Apoio ou pressão
O torcedor precisa decidir o papel que quer assumir neste sábado. O horário ruim, o frio e o time instável são obstáculos reais. Mas a Ressacada vazia não ajuda. O Avaí precisa da arquibancada como aliada. A pressão pode pesar para um elenco que ainda busca confiança, mas o silêncio será pior. Quem acredita, comparece.
Estreia morna

A expectativa era grande para o primeiro jogo de Carlo Ancelotti no comando da Seleção, mas o que se viu foi uma atuação irregular, especialmente no segundo tempo. Com pouco tempo de treino e desfalques importantes, o treinador italiano ainda não conseguiu dar sua cara ao time. O Brasil até começou bem, mas caiu de rendimento e terminou pressionado. Não foi um desastre, mas tampouco houve sinal de mudança imediata. Que venha o Paraguai na terça-feira (10), às 21h45min.
Segurança atrás

Se houve algo positivo na apresentação brasileira em Guayaquil, foi a atuação do zagueiro Alexsandro. Estreante e pouco conhecido do grande público, o defensor do Lille mostrou firmeza, bom posicionamento e personalidade para segurar o ataque equatoriano. Foi o nome mais confiável da defesa, que não sofreu gols muito por conta dele. Ganhou pontos importantes com Ancelotti.
Ataque travado

Sem Rodrygo e Raphinha, o setor ofensivo ficou previsível. Richarlyson, jogando centralizado, teve atuação apagada e desperdiçou uma chance clara após boa jogada de Vini Jr. Faltou mobilidade, criatividade e finalização. A Seleção até criou algumas boas tramas no primeiro tempo, mas o segundo foi pobre em ideias e execução. Ancelotti terá trabalho para ajustar esse setor.