Na manhã desta quarta-feira, 5, o governador Jorginho Mello (PL) foi até a sede da Polícia Federal, em Florianópolis, para cumprir um pedido do ministro do STF, Alexandre de Moraes, para que ele fosse ouvido sobre uma entrevista dada para a Jovem Pan São Paulo, onde disse que Bolsonaro e Valdemar Costa Neto “conversam”.
Tudo porque o próprio Alexandre de Moraes proibiu as duas lideranças do PL nacional de se falarem por conta da “Operação Tempus Veritatis”, de 2024, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, segundo o STF.
Na entrevista, Jorginho Mello disse que “o nosso presidente Valdemar conversa muito com o presidente Bolsonaro, que é o nosso presidente de honra né. Espero que daqui um pouquinho eles possam conversar na mesma sala pra se ajudar ainda mais e tá tudo bem…”.
No seu depoimento, o governador de Santa Catarina negou que saiba de conversa entre eles e que nem presenciou nenhuma fala entre Bolsonaro e Valdemar.
Jorginho disse também que, na própria entrevista na Jovem Pan São Paulo, ele diz que lamenta que os dois não possam se falar, que fica triste com essa situação e espera que isso termine logo.
O governador informou que o mal-entendido ocorreu por conta do uso errado de um tempo verbal, onde ele usou “conversam”, mas na verdade deveria ter usado “conversavam”.
Jorginho Mello disse também que recebeu um tratamento tranquilo e muito respeitoso. Vale ressaltar que o governador do Estado não é investigado e nem tem seu nome incluído em nenhuma operação da Polícia Federal.
Enfim, uma saia justa que, em tempos de rede social que reverberar tudo, o uso de qualquer palavra mal-empregada ganha uma repercussão maior do que deveria. Mas há que se ter cuidado, pois Jorginho é um governador e precisa que a sua comunicação seja cada vez mais lapidada.
O próprio Jair Bolsonaro acabou declarando que “Jorginho deu uma mancada”, mas que nunca mais tinha falado com o presidente do PL nacional, Valdemar Costa Neto.
Cada dia que passa a eleição nacional de 2026 fica mais próxima e todos os políticos já se preparam para mais uma disputa que deve novamente polarizar o Brasil.