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Jorginho Mello juntou velhos amigos num mesmo grupo em Blumenau

Lá em 2005, no início da sua administração, o prefeito João Paulo Kleinubing colocou Mário Hildebrandt como secretário municipal de Assistência Social, onde permaneceu até o fim de 2008.

Já no segundo mandato de Kleinubing, Mário se elegeu vereador e fez parte da base do governo do prefeito. Nessa mesma gestão, o diretor da Secretaria de Obras do município era o atual presidente da Câmara de Vereadores, Almir Vieira (PP), que até hoje tem fortes ligações com Kleinubing.

Agora, entre tapas e beijos, Mário e Kleinubing se reencontram para possivelmente formarem, mais uma vez, uma dobradinha na disputa a cadeira de prefeito de Blumenau.

Depois da ida de Hildebrandt para o PL, o nome de Kleinubing ressurge como uma alternativa mais viável para o partido na disputa de 2024. Mário não pode se reeleger e precisava de um lugar para se acomodar a partir de 2025.

Esse lugar deve ser o Governo do Estado, que dará visibilidade para que ele dispute uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2026.

João Paulo sempre disse que só seria candidato a prefeito em Blumenau se tivesse um grupo forte de apoio e parece que deve conseguir isso com a ajuda de Jorginho Mello e de Mário Hildebrandt.

Com todas essas decisões, faltou resolver o caso da vice-prefeita Maria Regina Soar, que hoje está no PSDB. Tudo indica que ela seguirá também para o PL, mas terá que abrir mão da sua pré-candidatura, que hoje já é vista como morta.

Nessa engenharia política, Mário Hildebrandt poderá indicar o vice do candidato do PL, que pode vir dos aliados PSDB, do PP, do Podemos ou até do MDB, que diz querer lançar o deputado estadual Egídio Ferrari como candidato a prefeito, mas no fim pode aceitar a vaga de vice para continuar na coligação.

OS ADVERSÁRIOS

Se Kleinubing vier, pode ter como adversário mais forte o ex-promotor Odair Tramontin, do Novo, que deve ter ao apoio do PSD do deputado federal Ismael dos Santos e do deputado estadual Napoleão Bernardes.

Vai correr por fora o PT, que deve lançar a deputada federal Ana Paula Lima, mas sem a garantia do apoio de todos os partidos de esquerda da cidade.

Além desses, o União Brasil ensaia uma pré-candidatura do deputado estadual Marcos da Rosa, mas no fim, pela proximidade que tem com Ismael, deve se juntar ao grupo de Tramontin para garantir o total apoio da igreja Assembleia de Deus para levar o candidato do Novo ao segundo turno.

Março e abril são meses decisivos para sabermos se tudo isso vai realmente acontecer. Uns vão trocar de partido e outros terão que sair dos cargos que ocupam e isso dará uma ideia mais clara de o que deve ocorrer em Blumenau e nas principais cidades de Santa Catarina.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

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