O governador Jorginho Mello esteve nessa quinta-feira, 9, no Porto de São Francisco do Sul para vistoriar a de derrocagem de uma pedra submersa no atracadouro que impede que navios possam transportar 1,5 mil toneladas a mais de mercadorias nas viagens.
A retirada dessa pedra é esperada há mais de 30 anos pela comunidade portuária. “Eu fiz questão de conferir de perto essa obra porque há trinta anos que eles pedem para fazer isso e ninguém fez e nós estamos fazendo. Isso vai proporcionar mais capacidade para quem está trazendo carga para cá, ou levando carga de Santa Catarina”, disse o governador.
Jorginho fala também que “foi uma visita muito produtiva, fico muito feliz em estar aqui para comemorar, para fazer com que o ano de 2025 vibre e já vibra pelo belo trabalho que o Porto de São Francisco está fazendo”.
Os trabalhos para remover o afloramento rochoso de 370 m³, equivalente ao tamanho de cinco contêineres, estão sendo realizados pela empresa Náutica Marítima Serviços e terá um custo de R$ 12 milhões. A pedra se encontra a 12 metros de profundidade, no berço 101.
Com a remoção, busca-se alcançar a profundidade de 14 metros nesse local, já que atualmente, as embarcações têm que fazer uma manobra extra no momento da atracação, o que aumenta os custos.
“A derrocagem representa um significativo ganho operacional, com redução de custos e de tempo para toda a comunidade portuária, tornando o Porto de São Francisco mais competitivo entre os terminais brasileiros”, afirmou o presidente do Porto, Cleverton Vieira.
OS TRABALHOS
Estão sendo usados métodos mecânicos de alta precisão, sem o uso de explosivos. Martelos de fundo e rompedores hidráulicos vão fragmentar a rocha submersa e uma escavadeira hidráulica vai remover o material. Esta técnica minimiza o impacto ambiental e garante a segurança de toda a operação.
Nesta primeira etapa, a previsão é que a obra seja concluída no final de janeiro. Serão feitos 4,5 mil furos na rocha para depois dividir a pedra mecanicamente com talhadeira (cada furo tem 10 centímetros de diâmetro).
Tendo em vista a grande movimentação de grãos no berço 101, a obra será executada em duas etapas. Na primeira, que ocorrerá até o final de janeiro, serão feitas as perfurações na rocha. Durante o período de escoamento da safra de soja, que geralmente vai até o mês de outubro, a obra será paralisada, para permitir a total capacidade de escoamento do berço. Após o término do ciclo da soja, a obra será retomada para o desenvolvimento das etapas seguintes.
“Os navios não estavam conseguindo colocar toda a carga e era necessário deslocar o navio. Cada deslocamento era um custo de R$ 100 mil para colocar a carga toda. Com essa remoção o porto vai ter mais condições de receber navios maiores e ter a colocação de mais carga por um custo menor”, afirmou o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Ivan Amaral.