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Jorginho Mello não quer dar brecha para o PSD e oferece secretaria para o MDB

O café da manhã desta quarta-feira, 16, do governador Jorginho Mello (PL) teve mais que pão e café. Teve uma conversa com um grupo de sete deputados estaduais do MDB e mais o presidente licenciado do partido, deputado federal Carlos Chiodini.

O assunto era o apoio ao seu governo até 2026 em troca da Secretaria de Estado da Agricultura, que hoje é tocada pelo ex-deputado Valdir Colatto (PL). O MDB já tem Jerry Comper a frente da Secretaria de Infraestrutura e desde 2023 tenta aumentar seu espaço no Governo Estadual, sem sucesso.

O governador tentou inserir na conversa a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, mas todos se fingiram de surdos e o assunto não prosperou. Para o atual presidente, deputado Mauro de Nadal, esse assunto tem que ser tratado pelos deputados sem a interferência do Governo.

Sobre a oferta de Jorginho ao MDB, a opinião dentro do partido é dividida. O deputado estadual Antídio Lunelli defende que a legenda se aproxime de Jorginho e, por tabela, de Jair Bolsonaro. Ele já tinha recebido o convite do governador para assumir a Agricultura, mas Lunelli disse que esse era um assunto para ser definido dentro do partido e não apenas por ele.

Se o MDB aceitasse a secretaria, Antídio provavelmente seria o nome indicado, mas o deputado de Jaraguá do Sul tem uma visão de longo prazo e pretende mesmo ser o candidato a vice-governador na reeleição de Jorginho Mello, em 2026.

Como ainda é o segundo maior partido do Estado, o MDB acha pouco aceitar a Secretaria de Agricultura e vai fazer uma nova reunião da executiva para depois dar uma resposta a Jorginho Mello.

O PSD é outro partido que desde o ano passado vem conversando com o MDB e na disputa pela presidência da Alesc, isso pode se intensificar, pois o deputado Júlio Garcia tem papel fundamental nessa eleição.

No mais, o MDB voltou a ser a noiva mais cortejada em Santa Catarina, já visando a próxima eleição, e com tantos interesses em jogo, não vai aceitar pouco para dar o seu apoio ao Governo do Estado dentro e fora da Alesc.

Os diretórios municipais devem ser ouvidos também, pois será na base que esse assunto deva repercutir mais, principalmente em Jaraguá do Sul, onde Lunelli vai conversar com políticos e empresários da sua região para ver se será bom ou não ele deixar o cargo de deputado para assumir uma secretaria de Estado.

 

 

 

 

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