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Jorginho Mello vai começar a compor o secretariado no feriadão

O primeiro ato do governador eleito Jorginho Mello (PL) foi designar as 14 pessoas que estão fazendo a transição de governo com a administração de Carlos Moisés. Moisés Diersmann, que já foi prefeito de Luzerna, é o coordenador dessa equipe e já informou que a partir do dia 1º de dezembro Jorginho começará a divulgar os nomes do secretariado.

Diersmann passará aos novos secretários todas as informações da administração direta, que são as secretarias, e da administração indireta, que são as empresas de economia mista, como Casan e Celesc.

Por conta disso, o governador eleito começará, a partir desse fim de semana, a convidar as pessoas por ele mapeadas para ver o interesse dos escolhidos de fazerem parte da próxima administração. O atual governo do Estado tem hoje 20 secretarias e 27 empresas de economia mista, fundações e autarquias.

A lista de Jorginho Mello está sendo muito bem guardada e nenhum nome até agora vazou, mas dois soam muito forte para assumirem pastas onde possuem muita experiência. O nome da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) está bem cotado para a Saúde pelo trabalho e experiência que ela tem na área.

A indicação dela poderia ajudar muito numa futura composição com o PSDB, pois com a vinda de Carmem para a secretaria de Saúde, abre espaço para a suplente Geovânia de Sá (PSDB) voltar para a Câmara Federal na próxima legislatura.

Outro nome que também pode integrar o secretariado de Jorginho Mello é o do deputado estadual José Milton Scheffer. Ele está cotado para a secretaria de Agricultura, pois além de deputado estadual ele é funcionário de carreira do estado.

Mas Zé Milton também pode contribuir com uma aliança com o PP de Esperidião Amin, pois também abriria o espaço para o suplente Pedrão Silvestre (PP), de Florianópolis, de assumir a vaga de Scheffer na Assembleia Legislativa.

Só com essas movimentações, a bancada do próximo governo na Alesc pode passar de 11, que são os deputados eleitos pelo PL, para 16, pois o PP tem 3 e o PSDB tem mais 2. Jorginho também já determinou para a bancada do Partido Liberal não indique nenhum nome para a presidência do legislativo, pois ele tem interesse que essa vaga fique com o MDB, e aí Mauro de Nadal surge como deputado que mais agrada o novo governador.

Mas o nome de Marcos Vieira (PSDB) também corre por fora, não só por ser do grupo PSDB/Cidadania, mas por ser amigo de Jorginho Mello e por já ter sido, inclusive, companheiro de partido quando ambos estavam no ninho tucano.

2024 NA PAUTA

O fato é que as coisas começam a se resolver no novo governo e Jorginho Mello já se planeja também para futuras composições visando as eleições municipais de 2024. Marilisa Boehm, a nova vice-governadora, já tem se aproximado do prefeito Adriano Silva (Novo), de Joinville, e o PL pode até indicar o vice na reeleição dele daqui há dois anos.

Em Florianópolis o PL também pode, desde já, acordar uma composição com o PP, que pretende lanças Pedrão como candidato a prefeito. Em Criciúma, se a aliança com o PSDB vingar, o partido de Jorginho Mello pode fazer uma dobradinha com os tucanos, que teria Clésio Salvaro (PSDB), atual prefeito, na coordenação.

Em Blumenau, o nome da vez é o do deputado estadual Ivan Naatz (PL), que já conversou com o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) para tentar trazê-lo para a sua legenda. Com isso, ele sepultaria o apoio de Mário à candidatura da atual vice-prefeita, Maria Regina Soar (PSDB), e pode ainda ter outros partidos que estão dentro da administração do seu lado em 2024.

O caso mais complicado está mesmo em Chapecó, que terá o prefeito João Rodrigues (PSD) disputando a reeleição. Rodrigues tem intenção de voos mais altos em 2026, podendo até ser candidato a governador.

Então ele não abrirá mão da candidatura a prefeito nas próximas eleições e vai tentar unir o partido em torno do seu nome para daqui há quatro anos. Em 2023 o PSD terá novo presidente e só depois disso é que o partido deve tomar alguma decisão de compor ou não com o governo de Jorginho Mello.

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