O julgamento do senador Jorge Seif (PL), que pede a sua cassação por um suposto abuso de poder econômico, deve ser retomado no próximo mês de agosto. Na suspensão do julgamento, o Tribunal Superior Eleitoral era presidido pelo ministro Alexandre de Moraes. Mas em junho o TSE teve mudança no comando e hoje é presidido pela ministra Carmen Lúcia.
No início de maio o relator do julgamento, ministro Floriano de Azevedo Marques, pediu mais informações sobre o caso e o TSE acabou convertendo o julgamento em diligência. O ponto principal é sobre os planos de voo das aeronaves da empresa Havan, de Luciano Hang, durante o período da campanha de 2022.
Desde a suspensão, o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) intimou cerca de 30 aeródromos de Santa Catarina que, segundo as informações, não foram encontrados dados que comprovassem quem estava a bordo das aeronaves nos voos daquele período.
Na época do julgamento, o cenário político em Brasília era desfavorável a Seif, mas depois de muita articulação política e da absolvição do senador Sérgio Moro num outro processo, Seif está esperançoso em continuar no cargo.
No pleito de 2022 Jorge Seif foi eleito com 1.484.110 votos (39,79%). Em segundo lugar ficou o ex-governador Raimundo Colombo, com 608.213 votos (16,30%). A coligação “Bora Trabalhar”, que tinha o PSD, UB e Patriota, foi quem entrou com a ação pedindo a cassação de Seif.
Caso Seif seja cassado, a justiça ainda irá definir quem ficaria com a vaga dele no Senado. Os advogados de Colombo entendem que é o segundo colocado que deva assumir, mas já há um entendimento jurídico que tenha que haver uma nova eleição.
