Com muito carisma, bom humor e dicas de moda, o novo episódio de Histórias de Conforto, podcast de Ana Flávia Cavalcanti em parceria com Comfort, tem Luiza Brasil como convidada especial. Potência da moda e comunicação, a jornalista e colunista da Vogue, compartilha sobre sua trajetória pessoal e profissional, memórias olfativas e dicas especiais em um papo estimulante com a atriz Ana Flávia.
Pioneira na criação de conteúdo digital com a plataforma Mequetrefismos, a jornalista e pesquisadora de moda e comportamento já escreveu para os principais veículos de moda do país como Glamour, Forbes e Elle, e fala sobre as relações entre moda, beleza, comportamento, raça e inclusão.
Ao falar sobre o início de sua relação com Moda, Luiza conta que tudo começou no aspecto da Beleza. Um espaço relevante nessa construção foi o AfroDai, um salão muito importante para a comunidade negra influente do Rio de Janeiro, onde viu muitas pessoas negras bonitas e importantes, e teve acesso a trocas sobre beleza negra e uma moda que não via nas vitrines ou televisão. “Partiu muito desse lugar de conexão com as minhas raízes no salão de beleza. Ali foi um quilombo aonde me vi muito nova entendendo que o lugar de negro era onde ele quisesse”, diz Luiza.
Um dos aspectos mais gravados em sua memória é o cheiro daquele ambiente do salão de beleza: “Lá é um lugar que o cheiro vem muito forte (na memória) no sentido de, tinha uns perfumes naturais, da perfumaria africana, que acho que vinham do Senegal, não sei. Era um cheiro muito natural de patchouli, e musk. Não era o que tinha nas perfumarias do Brasil, era muito diferente, um perfume decolonial mesmo”, conta.
Perguntada sobre como iniciou sua carreira nos veículos de moda, Luiza foi direta: “foi tudo pura estratégia”. Ela deixa claro que seu sucesso não foi sorte, mas tudo muito bem pensado para aproveitar e criar as oportunidades que desejava, e que tem de onde herdar as características que a tornam tão singular na vida profissional: “Esse lado mais executivo, eu peguei da minha mãe. Esse lado mais inventivo, eu peguei do meu pai”, relata.
Sobre descanso, a madame Brasil admite que tem uma mente agitada que borbulha ideias e têm aprendido a separar tempo para pausas: “De que adianta eu estar assim, acelerada, e depois ficar sem saúde, o corpo não aguentar? Agora eu estou mais atenta que o lugar do limite não é quando ele é extrapolado, é um pouco antes”, explicou.
