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Motta Ribeiro avançou com o atendimento regional

Secretário da Saúde faz balanço da atuação, a oito dias de deixar o cargo para concorrer a deputado estadual

Do menino de 12 anos que assistiu ao salvamento de um banhista, na Praia do Cassino, em Rio Grande (RS), e decidiu ser médico, ao principal gestor da maior crise da história recente, a pandemia do Coronavírus, o médico André Motta Ribeiro coleciona uma série de vitórias frente à Secretaria Estadual da Saúde, da qual se despede dia 31 de março para enfrentar o próximo desafio: tentar uma vaga de deputado estadual.

O secretário lembra, sempre que pode, que fez várias mudanças de rumo na vida profissional quando deixou a sociedade em um hospital em Charqueadas (RS), foi para o Sul da Bahia, onde implantou um sistema de tratamento da Aids, até chegar a Florianópolis, fazer concurso público e se tornar servidor estadual intensivista no Hospital Celso Ramos, de Florianópolis.

À frente da pasta desde maio de 2020, em plena pandemia e depois do rumoroso caso da compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões com pagamento antecipado, Motta Ribeiro enfrentou uma maratona de decisões, muitas delas impopulares, para manter o combate à pandemia, e estranha agora quem critica a flexibilização do uso de máscaras em ambientes públicos, abertos e fechados, condição assegurada pela grande vacinação no Estado.

O avanço que garante ter alcançado está em atender as demandas dos hospitais públicos e filantrópicos com recursos para a compra de equipamentos, garantir o prosseguimento das cirurgias eletivas, em uma média de 8,3 mil por mês, implantar o transporte inter-hospitalar para liberar o atendimento primário do Samu nos municípios e regiões, projetar uma nova fase do Lacen no Sapiens Parque, que também está empenhado na pesquisa de vacinas, e ver que o IPEA deu nota 10 ao enfrentamento do governo catarinense ao Coronavírus enquanto a média nacional é de 6,6.

O que fica por fazer é a estruturação da Rede de Urgência e Emergência, embora tenha ocorrido a validação da qualificação de risco dos pacientes, aquela das cores no atendimento de emergência, unificada nos hospitais.

 

Parceiros

Motta Ribeiro reforça que a ação integrada com os secretários municipais e os demais integrantes da gestão tripartite é o garantidor do sucesso, dois anos depois da maior a mobilização do setor na história em um século.

O Conselho de Operações de Emergência em Saúde (COES) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/SC) são as referências neste trabalho, sem que não tenha deixado de existir divergências.

Sobre este ponto, o secretário de Saúde acentua a taxa de letalidade no Estado, que oscila próxima de 1,3% contra os 2,3% da média nacional, o que corrobora o trabalho executado nos 295 municípios.

 

Livro

André Motta Ribeiro está escrevendo um livro sobre o combate da pandemia em Santa Catarina.

O material terá dados das ações que garantiram o melhor resultado de redução da incidência da doença com a política de vacinação.

 

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O que esperar da nova cara do PSB de SC

Não foi só o senador Dário Berger que se filiou ao PSB catarinense, na carona da chegada do ex-governador Geraldo Alckmin à legenda, provável vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A articulação que trouxe Dário, feita pelo ex-prefeito de governador Celso Ramos, Juliano Duarte Campos (primeiro da esquerda para a direita), atual vice-presidente pessebista, e pelo ex-prefeito de São José, deputado e presidente estadual Djalma Berger, trouxe também o vice-prefeito de São José, Michel Schlemper (primeiro da direita para a esquerda), representante do terceiro maior colégio eleitoral catarinense.

Djalma também se refiliou.

Na foto, durante a filiação de Alckmin, em Brasília, também estão o presidente nacional Carlos Siqueira e o ex-governador de São Paulo, Márcio França.

Dário é pré-candidato ao governo, resta convencer a Frente Democrática a apoia-lo, e promete mostrar força, agora na esquerda.

 

Pinho Moreira avaliou o cenário para ficar no BRDE

Não foi uma decisão isolada, tampouco uma desistência, a decisão do ex-governador Eduardo Pinho Moreira em permanecer na diretoria financeira do BRDE e não concorrer a deputado nas eleições deste ano.

À coluna, Moreira, que havia horas antes se reunido com a bancada estadual na Assembleia, afirmou que pesou o fato dele ter contato com todas as regiões do Estado e ajudado muitos empresários e municípios, o que lhe deixava em posição delicada junto aos demais pré-candidatos do MDB, diante da nova realidade de uma eleição sem coligação na proporcional.

Há também um apelo do presidente da Assembleia Moacir Sopelsa para que o ex-governador participe mais das próximas decisões que envolvem o partido, embora ele esteja desfiliado para ter assumido o cargo no BRDE.

 

No partido

A turbulência interna no MDB também foi um fator que apressou Pinho Moreira, sigla que presidiu por mais de uma década.

Antes de comunicar a decisão oficialmente, o ex-governador conversou com o seu sucessor Carlos Moisés, além de amigos e familiares.

 

Do contra

Nesta quarta (23), Antídio e Celso reagiram às críticas que Eduardo Pinho Moreira tem feito à imprensa sobre a condução do processo eleitoral no partido e disseram que têm mantido contatos para formalizar alianças.

Ao anunciarem que está definida que, conforme foi deliberado pela executiva, a nominata de terá 41 candidatos a deputado estadual e 17 a federal, despejaram “misseis hipersônicos” contra Pinho Moreira.

“O que me deixa triste é ver um ex-governador, que foi eleito duas vezes vice com apoio do MDB e das bases, fazer declarações que não contribuem com o fortalecimento do partido e que menosprezam lideranças que merecem respeito e apoio. Ao invés de retirar sua candidatura, ele deveria construir um projeto para Santa Catarina”, afirmou Maldaner.

Difícil é encontrar contingentes de emedebistas, de todos os escalões, que abracem o projeto de Antídio.

 

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PSD no modo praticar o gesto

Na foto em que receberam na terça (22) de braços abertos o comunicador Mário Motta, que disputará a candidatura a deputado estadual, integrantes graduados do PSD debatiam o jantar na noite anterior, na Macarronada Italiana, em Florianópolis, onde o ex-governador Raimundo Colombo deu sinal verde para o prefeito João Rodrigues construir a viabilidade de uma pré-candidatura, ato testemunhado pelo deputado Milton Hobus, presidente estadual da sigla.

Não há em momento algum sinal de que Colombo abriu mão do projeto de concorrer ao governo, tampouco de João ter aceito mais do que decidir, até o dia 31 de março, se renuncia ou não ao mandato, mas a narrativa do PSD é a de que o ex-governador teria praticado o gesto, resta saber a extensão desta retórica.

Com enorme densidade eleitoral, um dos poucos políticos baseados no Oeste que têm voto em todas as demais regiões do Estado, principalmente no litoral, sul e Vale do Itajaí, João é um candidato viável, porém está diante da difícil missão de se jogar em uma campanha incerta e sem mandato.

O dia para o prefeito de Chapecó dar uma pista, embora tenha ganho 10 dias de prazo para encorpar a pré-candidatura, será nesta sexta (25) e no sábado (26) quando fará as tradicionais festas de aniversário, 55 comemorados nesta quarta (23), com direito ao lançamento das pré-candidaturas da deputado Marlene Fengler a federal e da mulher Fabiana Matte Rodrigues a estadual

 

Caminhos

Para Colombo, o que interessa é uma definição de seu maior obstáculo dentro do PSD, já que, antes de praticar o tal gesto, falou com o senador Esperidião Amin (PP) e quatro emedebistas: Antídio Lunelli, Celso Maldaner, Carlos Chiodini e Valdir Cobalchini.

A barreira que o ex-governador tem que transpor é um João que empolga deputados e filiados com mais chances de amealhar alianças, tanto que a bolsa de apostas dos últimos dias dá como certa a condição dele estar na cabeça de chapa, ter Gean Loureiro (União) de vice e o empresário Luciano Hang, que está de malas prontas para o PP, para o Senado.

 

Pudera

Difícil é avaliar como o prefeito da Capital, reeleito em primeiro turno, dirá ao seu eleitorado que deixará o cargo para ser vice na majoritária, o que transforma a pretensa costura em uma articulação complicada.

Gean já falou com Colombo, Antídio Lunelli e Celso Maldaner, ambos do MDB, mas ainda carece de parceiros para empreitada, até porque um dos que dava como certo, o Republicanos, já está com Moisés, e outro, o Podemos, já se encaminha para o governador.

A Gean resta esperar pela aliança nacional entre União, MDB e PSDB para ver seus reflexos no Estado.

 

Em crescimento

O vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski, que deixou recentemente o PSD, se filiou e saiu do PL, deve mesmo entrar no União Brasil, de Gean Loureiro, para ser candidato a deputado federal.

O mesmo endereço partidário deve abrigar o ex-prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo, que deixa o PL não só pela briga interna com o deputado Jessé Lopes, egresso do PSL, mas também por avaliar que tem muito candidato a deputado estadual pela sigla de Jorginho Mello.

Há engarrafamento semelhante a deputado federal na Região Carbonífera.

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