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O debate dos presidenciáveis da Band mostra o retrato do que é a eleição de 2022

O domingo do brasileiro se dividiu entre o clássico carioca entre Botafogo e Flamengo, porque o rubro negro poderia e conseguiu diminuir a diferença de pontos para o Palmeiras no Campeonato Brasileiro de futebol, e o debate entre os presidenciáveis da TV Bandeirantes.

Sobre o debate, a pesquisa feita pelo Datafolha com 60 eleitores indecisos, ou que poderiam mudar o voto, que tem de 25 a 69 anos de idade de todas as regiões do Brasil e de todas as classes sociais, mostrou que Simone Tebet (MDB) foi a que teve melhor desempenho entre todos os participantes na noite de domingo.

Em segundo veio Ciro Gomes (PDT), seguido por Soraya Thronicke (União Brasil), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Felipe D´Avila (Novo) e o presidente Jair Bolsonaro, segundo os dados da avaliação, ficou em último.

Diferente do que se imaginava, as duas candidatas conseguiram introduzir o assunto feminismo no debate e acabaram sendo as protagonistas. O assunto corrupção também foi um dos mais debatido e isso acabou tirando o ex-presidente Lula do prumo. Já o presidente Jair Bolsonaro se perdeu quando foi comentar a pergunta da jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, feita para Ciro Gomes.

Independente de ter razão ou não, o descontrole de Bolsonaro o levou para um desempenho abaixo do esperado, mas que mesmo sendo considerado o pior no debate, a boa atuação da terceira via pode, se continuar assim, levá-lo para o segundo turno, pois dificilmente Lula conseguiria os votos necessários para vencer no primeiro turno.

No mais, só mesmo a briga de Ricardo Salles (PL) e do deputado federal André Janones (Avante) nos bastidores, e que contou com a participação especial do deputado federal catarinense, Daniel Freitas (PL), foi o outro ponto mais comentado da noite de domingo.

E o que este debate interfere na corrida ao governo de Santa Catarina? Absolutamente nada, pois o nosso estado, mesmo sendo mais conservador, maioritariamente de centro direita e tendo o MDB como o maior partido por aqui, não acredito que algum catarinense deixe de votar num candidato a governador bolsonarista e vá correndo para o colo do candidato apoiado pelo MDB aqui no estado.

Por aqui não temos a polarização, é quase certo que teremos o segundo turno e ninguém pode afirmar com certeza quem são os dois candidatos que estarão lá. A diferença entre todos é pequena, o horário eleitoral ainda não serviu de parâmetro para o eleitor decidir o voto e tudo só vai se definir mesmo nos últimos dias de campanha.

Veja o vídeo do deputado Daniel Freitas no debate da Band:

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