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O que sobrou do bolsonarismo em Santa Catarina depois do 8 de janeiro

O dia 8 de janeiro de 2023 muito provavelmente foi o dia que efetivamente decretou a derrota do bolsonarismo nas eleições presidenciais no brasil.

Apoiadores e militantes direitistas invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal e tentaram, de forma ordenada e truculenta, desestabilizar o novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

E passados dois meses desse acontecimento, o que sobrou do bolsonarismo em Santa Catarina, o estado com o maior número de apoiadores do ex-presidente da república.

O estado elegeu muitos políticos que se beneficiaram do número 22, mas bolsonaristas de verdade, hoje, são poucos.

Os que ainda mantém o discurso e falam de Bolsonaro são o senador Jorge Seif (PL), as deputadas federais Caroline de Toni (PL), Júlia Zanatta (PL) e Daniela Reinehr (PL), os deputados estaduais Jessé Lopes (PL) e Sargento Lima (PL), o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) e o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau.

Os demais já se apresentam como defensores da direita, mas já estão aceitando ter outro nome para ser candidato a presidente em 2026, como o dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeo Zema (Novo-MG).

O ato mais recente que comprova que esses bolsonaristas “raiz” ainda acreditam na sua causa foi a nomeação de Jair Renan, filho de Bolsonaro, no gabinete parlamentar do senador Jorge Seif.

Mas outras manifestações ocorrem em defesa do nome do presidente Jair Bolsonaro. No dia 19 de fevereiro o deputado estadual Sargento Lima (PL) publicou no seu Instagram um texto (leia na íntegra abaixo) que fala que em 2026 não tem Zema e nem Michele e que terceira via é a segunda opção da esquerda, pois em 2026 Bolsonaro voltará a ser presidente para enterrar definitivamente a esquerda no que sobrar do Brasil.

Júlia Zanatta é outra representante do bolsonarismo que leva a sério suas convicções. Numa das suas primeiras participações no Congresso, ela discutiu com a também deputada catarinense Ana Paula Lima (PT), que disse para os defensores do ex-presidente deveriam receber lenços por conta do choro de perdedor.

A deputada do PL respondeu que os petistas é que deveriam ficar com o lenço, pois Jorginho Mello deu uma surra em Décio Lima em Santa Catarina.

Outro que faz do seu dia a dia a defesa do presidente Jair Bolsonaro é o pastor evangélico blumenauense, Dirlei Paiz, que foi quem conduziu e organizou o acampamento na frente do quartel do 23º Batalhão de Infantaria, em Blumenau.

Dirlei tem tido embates calorosos com um vereador do PT da cidade e é uma pessoa com forte ligação com muitos daqueles que estiveram em Brasília no dia 8 de janeiro.

No Vale do Itajaí, ele é a referência para o grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro que insistem em manter viva a imagem e os pensamentos do ex-presidente.

Ainda não se sabe quanto tempo o bolsonarismo irá durar, mas se depender desses abnegados, o ex-presidente será candidato em 2026 e eles estarão apostos para correr o país fazendo campanha para o “Capitão do Povo”.

Veja abaixo o texto escrito por Sargento Lima (PL):

“não tem Zema, do Novo, partido que se envolveu em uma aventura chamada Felipe D’Avila, que só serviu para atrapalhar o primeiro turno, propositalmente, em conjunto com Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (UB), em plano diabólico de entregar o Brasil ao PT, e trabalhar 2026 com uma terceira via. Não tem Michele, por mais que eu respeite nossa primeira dama, pode até ser senadora, mas presidente não. Terceira via é a segunda opção da esquerda, em 2026 esse homem voltará a ser nosso presidente, e dessa vez vamos enterrar definitivamente a esquerda no que sobrar de nosso país. @jairmessiasbolsonaro meu presidente”.

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