Portal Making Of

Oi protocola nova versão do Plano de Recuperação Judicial

Foto: Divulgação/Oi

A Oi protocolou nesta terça-feira, 6, junto à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro a nova proposta do Plano de Recuperação Judicial, aprovado pelo Conselho de Administração da companhia, após ampla negociação com credores. A nova versão do Plano deverá ser submetida à votação em Assembleia Geral de Credores, prevista para o início de março e, posteriormente, à homologação pelo Juízo da RJ.

Com o novo Plano, a Oi espera alcançar a reestruturação de suas dívidas financeiras adequando-as à sua capacidade de pagamento, sem comprometer sua operação e a expansão de seus negócios no segmento de fibra ótica, principal produto da companhia. Entre as propostas, está prevista a captação, via empréstimo prioritário, de até U$ 650 milhões. A companhia também espera poder captar outros recursos, por meio de um aumento eventual de capital, ou da contratação de novas linhas de crédito para o refinanciamento das dívidas.

Para estas operações, a Oi teria como garantia a venda de ativos como a UPI (Unidade Produtiva Isolada) ClientCo (empresa que concentra 4 milhões de clientes de fibrae da participação da V.tal (empresa de rede neutra). Além disso, o plano prevê a reestruturação dos créditos de fornecedores Take or Pay (contratos com garantia de consumo mínimo), em consonância com as negociações em andamento com empresas de Torres e Satélites.

“Este plano procura atender os principais objetivos da empresa, mas também abre nova perspectiva para os credores e para todos os stakeholders da companhia. Sabemos que mesmo com o sucesso da primeira RJ, este novo processo foi necessário para a equalização das dívidas financeiras, a maior parte delas atrelada à variação cambial. Desta vez, nossa negociação está voltada principalmente para os bondholders, detentores de títulos de ECAs e bancos nacionais, além de fornecedores de contratos Take or Pay. Para estes credores, também é crítico que a Oi tenha a possibilidade de atingir a sustentabilidade”, explicou o conselheiro da empresa, Rodrigo Abreu, ex-CEO da companhia e que permanece à frente das negociações com os credores.

A Oi também divulgou ao mercado as informações econômico financeiras, que foram disponibilizadas aos credores, a partir de acordos de confidencialidade, durante o processo de negociação e que deverá continuar até a data da assembleia.

Para Rodrigo Abreu, o Plano leva em conta o investimento necessário para a operação da companhia e a garantia de sua participação relevante no mercado. “Mesmo com o processo de RJ, a Oi sempre manteve a excelência de seus serviços e do atendimento a seus clientes. Prova disso é que foi capaz de criar a segunda maior base de usuários de fibra ótica do país partindo praticamente do zero, e também de se destacar por sua atuação no segmento corporativo com a unidade Oi Soluções, mostrando sua capacidade de atuação e de enfrentar desafios em condições adversas como a RJ, o acirramento da concorrência e as questões macroeconômicas menos favoráveis”, disse.

Em 2023, a Oi alcançou, até o final do terceiro trimestre, 4 milhões de casas conectadas por fibra ótica, apresentando crescimento anual de receita de 6% só com este serviço. A fibra é hoje o principal produto da companhia, representando cerca de 60% da receita da nova Oi (sem contar o legado). Dentro da estratégia de aumentar a participação da Oi Fibra no mercado nacional, a Oi renovou o portfólio, criando alternativas com preços mais atraentes e lançando novos produtos de alto valor. A estratégia comercial da companhia considera ainda uma política de aquisições muito mais rígida para evitar aumento da taxa de inadimplência e garantir uma receita sustentável.

A Oi também opera no mercado corporativo por meio da Oi Soluções, que atua como provedora de soluções digitais. Com amplo portfolio de serviços, a unidade de negócios corporativos tem apresentado forte expansão em TI. No terceiro trimestre de 2023, os serviços de TIC registraram um crescimento anual de 23,8% e de 6,1% na comparação com o trimestre anterior, representando 26,2% da receita de Oi Soluções no período. O aumento das aplicações de TIC teve forte contribuição dos serviços de Cloud, com alta de 174% no ano, além dos serviços de Segurança e de Redes baseadas em gestão por software (SD-WAN), que subiram 30% e 28% respectivamente.

 

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Leia mais