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Operação Mensageiro pode tirar do cargo os prefeitos presos

Muitas Câmara de Vereadores das cidades dos prefeitos presos na Operação Mensageiro estão de olho no desfecho da justiça para quem sabe, dar entrada com pedidos de impeachment dos envolvidos.

Para que isso aconteça, o Ministério Público de Santa Catarina oficialize as denúncias contra os sete prefeitos que estão presos por um suposto esquema de corrupção. O primeiro que pode sofrer esse processo de impeachment é o prefeito Joares Ponticelli (PP), de Tubarão.

Jornalistas da cidade relataram que já há um forte movimento político da oposição para que se use desse artifício para enfraquecer o candidato do Partido Progressistas e tentar sepultar a carreira política de Joares Ponticelli.

Os advogados de Ponticelli entrara com novo recurso para tentar, mais uma vez, colocar em liberdade o prefeito. O documento será analisado por três desembargadores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça no próximo dia 16 de março.

O primeiro recurso foi negado pela desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer, que fará parte do trio que analisará o segundo recurso.

Desde o dia 14 de fevereiro Joares Ponticelli está preso no presídio Santa Augusta, em Criciúma, por conta da terceira fase da Operação Mensageiro.

Essa Operação investiga contratos para coleta de lixo em 29 cidades do Estado e aponta casos em que o esquema ocorreu em várias regiões de Santa Catarina. Cinco cidades da região sul do estado tem contrato com o Grupo Serrana, de Joinville.

Apenas nessas cidades do sul, a Serrana faturou cerca de R$ 136,3 milhões das prefeituras. Esses valores teriam sido pagos em contratos para serviços de coleta de lixo, saneamento e iluminação pública.

CAIO TOKARSKI TINHA RASCUNHO DE CPI EM CASA

O vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski, que também está preso por causa da Operação Mensageiro, tinha na sua casa um rascunho de pedido para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) justamente sobre essa Operação.

Essa informação foi revelada pela desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer numa decisão judicial proferida na quarta-feira, 8. Ela colocou essa informação num manifesto que negou o pedido de transferência de Caio para uma sala de Estado-Maior no batalhão da Polícia Militar de Tubarão que atualmente está preso na cidade de Itajaí.

Conforme o documento encontrado, a CPI seria aberta na Assembleia Legislativa do Estado. “O denunciado possuía em sua posse em Tubarão uma minuta de esboço de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito para, em tese, ceifar as investigações e o trabalho do Ministério Público e do Poder Judiciário. Mas não só isso, no referido esboço de CPI, trabalha-se com diversos factoides que, em tese, ante as anotações existentes, buscam tão somente criar inverdades para atrapalhar a labuta das instituições públicas que estão exercendo seu mister no que, em tese, se apura ser o maior esquema de corrupção já visto em Santa Catarina”, despachou a desembargadora.

Rodrigo Roberto da Silva, advogado de Caio Tokarski, disse que desconhece o documento citado no despacho e que nunca o leu e informou também que o processo da Operação Mensageiro corre em segredo de Justiça.

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