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Paulo Afonso diz que o discurso de Antídio Lunelli é anti MDB e anti Santa Catarina

Depois de um bom tempo afastado dos holofotes políticos, o hoje funcionário aposentado da fazenda estadual, ex-governador Paulo Afonso Vieira (MDB), esteve na rádio Jovem Pan Florianópolis na tarde de quinta-feira, 25, e falou do cenário político catarinense.

Sobre Antídio Lunelli, Paulo Afonso Vieira, mesmo defendendo a candidatura própria do MDB, disse que se opôs veementemente a candidatura do ex-prefeito de Jaraguá do Sul. “A pregação que ele fazia e faz, os pontos que ele defende, não são os que eu penso, os que eu defendo e ao meu juízo não são os que o MDB defende. A pregação dele, o discurso dele, não tem nada a ver com o MDB e dentro desse parâmetro eu disse que, ele como candidato, não teria meu voto e nem meu apoio porque era uma contradição alguém do MDB dizer e falar o que ele falava. Então eu me opus a esta candidatura e me opus de forma forte”.

Falou que até Celso Maldaner, que aclamou Antídio Lunelli como candidato nas prévias, está hoje com o governador. Para ele o MDB teria outros nomes melhores, como o de Dário Berger, Carlos Chiodino, Mauro de Nadal e Valdir Cobalchini e reforçou que o discurso de Antídio Lunelli é um discurso anti MDB e anti Santa Catarina.

Paulo Afonso disse que hoje está na arquibancada assistindo os acontecimentos políticos e vê hoje um quadro um pouco confuso. Para ele, “os partidos estão muito fragilizados e as vinculações e as fidelidades partidárias são tênues”.

Pontuou muitas diferenças de 1994, quando se elegeu governador, para os tempos de hoje e lembrou que o MDB, na administração do governador Pedro Ivo Campos, quando era secretário da Fazenda, chegou a ter 19 deputados estaduais na Assembleia Legislativa.

Confidenciou que na época, mesmo tendo os 19 deputados na Alesc, tiveram muita dificuldade de passar projetos porque o governo tinha outros 21 deputados estaduais contrários ao governo.

Disse que o MDB é o maior partido de Santa Catarina, mas que já foi muito maior e mais forte. Para Paulo Afonso, o partido vem perdendo seu espaço e perdeu muita da sua força nas maiores cidades, como Joinville, Florianópolis, Blumenau e Chapecó.

Sobre a coligação com Carlos Moisés, o ex-governador disse que “torceu” para que o MDB fizesse a coligação, mas que essa união ainda não engrenou. Eu vejo uma dificuldade, é um casamento que as partes tinham uma certa afinidade, porque não foi um casamento de um grande amor ou uma paixão arrebatadora. Eles estavam ainda se encantando e resolveram morar juntos e ainda tem que se encantar mais”.

Ele disse que a coligação do MDB com Carlos Moisés tem chance de dar certo, mas tem que se mexer e fazer acontecer.

Sobre o processo de impeachment que teve que responder na Assembleia durante o seu governo, disse que esse processo foi político, pois para ele quem tem maioria no parlamento não sofre processo de impeachment e esse foi o seu caso.

Paulo Afonso confidenciou que negociou com os dois deputados do PFL, um do PDT e um do PSDB para evitar o seu impeachment naquela época.

Sobre a duplicação da SC 401 e a cobrança de pedágio por parte da Engepasa, em Florianópolis, ele disse que todo o processo foi feito no governo de Vilson Kleinubing (PFL) e resolveu dar continuidade ao contrato. Para ele, o problema é que depois teve uma decisão de proibir a cobrança do pedágio e se criou o problema que hoje pode custar R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

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