O deputado federal catarinense Rogério Peninha Mendonça (MDB) assinou o requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação dos institutos de pesquisa durante o período eleitoral.
Segundo Peninha, o pleito eleitoral deste ano apontou uma grande divergência entre os levantamentos divulgados pelos institutos e o resultado após a apuração.
“Não é a primeira eleição que as pesquisas fogem completamente da realidade apresentada nas urnas. Precisamos verificar o que de fato está acontecendo, afinal elas podem influenciar votos, principalmente do eleitor indeciso”, comenta.
A iniciativa da CPI é dos deputados Carlos Jordy (PL/RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL/SP). Para que seja instalada, é necessário o apoio de um terço da Câmara, o que corresponde a 171 deputados.
Peninha resolveu não concorrer à reeleição em 2022 e colocou seu assessor, Rafael Pezenti (MDB), para disputar a sua vaga. Ele acabou eleito com 68.208 (1,71%) votos e vai assumir uma cadeira na Câmara Federal a partir de 2023.
NO SENADO
Uma ala de senadores se articula para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os institutos de pesquisas eleitorais. Enquanto isso, o Senado já conta com outras quatro CPIs que, em tese, podem funcionar, mas estão congeladas na fila.
Embora os líderes possam indicar os membros para comporem as CPIs à espera de serem postas em funcionamento, nenhum o fez até o momento por causa de um acordo.
Ficou combinado entre os senadores que nenhuma CPI funcionaria ao longo do período eleitoral para que não virassem palanques a candidatos no pleito, especialmente Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), concorrentes ao Planalto.
