O governador Jorginho Mello (PL) decidiu mudar a forma como Carlos Moisés geria a Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina. No governo anterior, tinha-se um colegiado entre a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Instituto Geral de Perícias que se revezavam na cadeira de secretário.
Agora, Jorginho entende que essa secretaria deve ser comandada por um único nome, mas o governador do Estado parece não estar tendo sorte para definir o comandante dessa secretaria.
O promotor de justiça, Odair Tramontin (Novo), foi um dos que receberam convite, mas decidiu recusas porque ainda tem compromissos com o Poder Judiciário e porque pensa em ser candidato a prefeito de Blumenau em 2024 e não quer criar vínculo com o atual Governo do Estado.
Então o governador Jorginho já está inclinado em recrutar alguém que já está dentro de casa. A vice-governadora Marilisa Boehm (PL), que é delegada da Polícia civil aposentada, pode comandar a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
O último nome que Jorginho Mello estava sondando era o advogado Admar Gonzaga Neto, que também já foi ministro do TSE, mas não houve acerto e Marilisa acabou sendo a opção mais viável.
Se até domingo próximo o governador não encontrar alguém de sua confiança para assumir o cargo, a vice-governadora, que já está de sobreaviso, vai ser nomeada para o cargo.
Ele acredita que o perfil de Marilisa, que é conciliadora e acostumada com o comando, pode acalmar os ânimos das polícias. Principalmente da Polícia Civil, que quer alguém da corporação por entenderem que foram mal tratados por Carlos Moisés, que privilegiou os militares durante os quatro anos de mandato.
Grande parte dos cargos da Secretaria de Segurança Pública já foram nomeados, principalmente os das Delegacias Regionais, e caberia a Marilisa apenas completar o quadro de comando para das andamento as ações que já estão acontecendo.
