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Por que a creator economy é uma tendência para 2023? – Por Rodrigo Allgayer

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Por Rodrigo Allgayer*

A creator economy (em português, economia do criador) tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. De acordo com uma pesquisa realizada pela Adobe, e intitulada como “Future of Creativity”, nos últimos dois anos, o segmento vem crescendo cada vez mais e, atualmente, alcança 303 milhões de criadores de conteúdo no mundo. Um outro levantamento, desta vez realizado pela Collabstr, plataforma de marketing, apontou que houve um crescimento de cerca de 42% ano a ano, em relação ao valor de mercado global de influenciadores – vale lembrar que o número mais que dobrou desde 2019, atingindo US$ 13,8 bilhões, em 2021.

Isso porque, os consumidores se sentem influenciados pelos creators. Um bom exemplo deste cenário foi possível ser visto, inclusive, durante uma pesquisa realizada pela YouPix, em conjunto com o Mundo do Marketing, que apontou que 76% das pessoas compram determinados produtos porque são recomendados pelos influenciadores. Os dados evidenciam que trata-se de um mercado que tem ganhado relevância e, em paralelo, já é possível observar que, por meio dos criadores de conteúdo, as marcas conseguem chegar ao público-alvo que desejam alcançar.

Além disso, para 69% dos consumidores, as compras acontecem por conta das lembranças de anúncios que vêm de publicidades feitas por influencers – ou seja, a confiabilidade nos creators vem despertando a atenção dos seguidores, que acabam adquirindo produtos por meio personas que “entregam” uma conduta transparente no que diz respeito às parcerias realizadas.

Logo, as marcas estão observando que os criadores de conteúdo possuem uma  audiência qualitativa e, naturalmente, geram leads para as companhias. Isso porque, com muita identidade, eles conseguem mostrar, por exemplo, como aplicam o uso de determinado produto em suas rotinas e, ainda, fazem um “review” das experiências, trazendo autenticidade e personalidade para a divulgação. Com o mercado aquecido, acredito que, neste ano, o marketing de influência será uma tendência para as companhias.

Basicamente, quando falamos em um trabalho com os creators, precisamos entender que trata-se de uma estratégia de marketing envolvendo produtores de conteúdo. Assim, pensamos em diversas formas de incluir esses profissionais em suas táticas para, assim, impulsionar os resultados de determinada companhia.

Esse crescimento impacta diretamente o creator economy e evidencia novas tendências do setor, como é o caso das compras ao vivo, que nada mais são do que lives realizadas pelas marcas com a participação dos influenciadores. Durante a transmissão, os espectadores tiram dúvidas e interagem com o apresentador para entender melhor a mercadoria. Aqui, o creator atua de forma espontânea, sem edição, mostrando os diferenciais e o porquê do produto ser bom.

Segundo a Influencer Marketing Hub, em 2023, os creators serão cada vez mais especializados em suas áreas de atuação – ou seja, os perfis serão mais nichados. Para as marcas, isso é um ponto positivo, pois podem se associar a um profissional que, de fato, faça sentido com o seu negócio e impulsione, consequentemente, os resultados da sua estratégia.

Além disso, observa-se que os criadores de conteúdo estão enxergando no mercado novas formas de monetizar os seus trabalhos. Uma delas é a criação de suas próprias marcas de produtos, o que possibilita que eles não dependam exclusivamente de publicidade, diversificando, assim, sua receita.

Os dados mostram que pensar em novas estratégias de atuação e unir o trabalho com criadores de conteúdo é assertivo para aqueles que desejam se manter relevantes no mercado. As redes sociais estão mudando a forma como o público consome determinado conteúdo e, por isso, é preciso estar atento às novas tendências e compreendê-las para aderi-las e não ficar atrás da concorrência.

*Rodrigo Allgayer é CEO da Creators LLC.

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