Por Marcos A. Bedin*
Praticamente todas as áreas da atividade humana estão impregnadas de mudanças céleres e distópicas. Um dos setores mais impactados é a comunicação, afetando jornalismo, radialismo, publicidade, relações públicas, docência e administração de empresas do segmento. Com o advento das mídias digitais, todos se transformaram em emissores e receptores de conteúdos. Esse papel deixou de ser exclusividade dos jornalistas e das empresas onde atuam, levando muitas vezes a proliferação de fake news devido à falta de compromisso ético e de formação profissional de muitos operadores das redes sociais. Em razão disso, a sociedade parece ter compreendido a importância da liberdade de imprensa e o respeito à atividade jornalística como geradora de informação verificável e relevante.
Em 2007, surgiu o Encontro da Imprensa Catarinense, inspirado em reunir veteranos e novatos da comunicação para celebrar a liberdade de imprensa, valorizar todas as profissões da comunicação social e reconhecer a comunicação como instrumento de justiça social e desenvolvimento. Sob a égide da Associação Catarinense de Imprensa/Casa do Jornalista e da MB Comunicação, o evento completa 15 edições em 17 anos com apoio de instituições e empresas privadas, integrando todas as entidades de representação da comunicação barriga-verde.
Uma sociedade democrática, livre e plural depende de jornalistas independentes e de imprensa livre, pois a liberdade de imprensa garante todas as demais liberdades civis. Sem ela, prosperam a tirania e a iniquidade; sem ela, são sufocadas as artes, especialmente a literatura, o teatro e o cinema, e logo em seguida, a livre iniciativa empresarial.
É impossível imaginar o país enfrentando as crises contemporâneas sem a presença dos meios de comunicação, apurando e denunciando, exercendo o papel de olhos e ouvidos da Nação, descortinando como a corrupção e outros crimes podem empastelar o presente e inviabilizar o futuro.
A celebração da liberdade de imprensa como pedra de toque de todas as demais liberdades civis e democráticas, a valorização de todas as profissões da comunicação social e o reconhecimento da comunicação como instrumento de justiça social e desenvolvimento são alguns dos objetivos do 15º Encontro da Imprensa Catarinense, programado para este sábado, 3 de agosto, em Chapecó.
Nesse contexto, o 15º Encontro da Imprensa Catarinense consistirá de homenagens, palestra e almoço de confraternização reunindo centenas de profissionais de comunicação de todo o estado. O ponto culminante será a homenagem aos profissionais que completaram 50 anos de atividade. Esses veteranos oferecem aos jovens uma oportunidade singular de integração e transmissão de conhecimento, fruto de décadas de trabalho. O intercâmbio entre gerações é uma das riquezas do Encontro. Também prestaremos homenagem institucional ao Sebrae/SC.
Em 3 de agosto, a capital do oeste também será a capital da comunicação catarinense.
*Marcos A. Bedin é o 2º vice-presidente da Associação Catarinense de Imprensa (ACI)
