O prefeito da cidade de Gaspar, no Vale do Itajaí, definiu seus escolhidos nas eleições de 2022 baseado única e exclusivamente pela igreja onde costuma orar e no partido que sempre fez parte.
Kleber Wan-Dall, do MDB, estava cotado para disputar as eleições deste ano para o cargo de deputado estadual, mas como ele faz parte da igreja Assembleia de Deus, que tem como um dos principais líderes o deputado estadual Ismael dos Santos (PSD), Kleber declinou.
E declinou porque o vereador de Blumenau, Marcos da Rosa (União Brasil), o vice-prefeito de Camboriú, Junior Cardoso (PTB), e o vereador de Joinville, Adilson Girardi (MDB), que são da mesma igreja, iriam ser os candidatos da Assembleia de Deus, todos mapeados por Ismael, e aí Wan-Dall deixou o caminho livre.
O vice de Kleber, Marcelo Brick (Patriota), também é candidato a deputado estadual nas eleições de 2022, mas não entrou na lista de candidatos escolhidos pelo prefeito porque ele não faz parte da mesma igreja.
O prefeito de Gaspar é um dos que apoiaram a aliança do MDB com o governador Carlos Moisés (Republicanos) e hoje está com ele. Mas mesmo que a sua igreja tenha um nome escolhido ao senado, ele decidiu ser fiel ao partido e apoiar o deputado federal Celso Maldaner (MDB) para o cargo.
Além de Ismael dos Santos, que será o nome a deputado federal da Assembleia de Deus, Kennedy Nunes (PTB) também foi o escolhido para concorrer ao senado representando os evangélicos.
Nesse último fim de semana a Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus de Santa Catarina e Sudeste do Paraná (Ciadescp) referendou os cinco candidatos para que seus fiéis votem neles e os elejam para representar os evangélicos no Senado, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa.
A Assembleia de Deus não faz distinção de partido para a escolha de seus candidatos, mas todos tem que defender os mesmos preceitos do presidente Bolsonaro, que é a família, a religião e a pátria.
