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Presidente da ACI participa de ato em solidariedade a repórter condenada no caso Mari Ferrer

Foto: Divulgação

Jornalistas, estudantes, professores e lideranças de entidades ligadas à imprensa, além de políticos, participaram nesta quinta-feira, 30, de manifestação no auditório do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, em solidariedade à jornalista @schirleialves. Schirlei foi condenada pela Justiça à prisão e ao pagamento de multa no valor de R$ 400 mil após reportagem para o Intercept.

A presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Déborah Almada, participou da manifestação e levou a solidariedade da entidade à jornalista. “A imprensa precisa se unir e proteger a Schirlei, porque o ataque não é apenas a ela, mas ao jornalismo em geral. Schirlei foi vítima de uma grande injustiça e a imprensa deve agir para derrubar essa sentença que puniu uma repórter por fazer o seu trabalho”.

Na reportagem, a jornalista narrou a humilhação sofrida pela jovem Mariana Ferrer por parte do advogado de um empresário acusado de estupro. O caso ocorreu durante uma audiência de instrução, na presença do juiz e do promotor, sendo que toda a audiência foi registrada em vídeo.

A jornalista acabou processada pelo juiz e pelo promotor do caso, por ter usado em sua reportagem o termo “estupro culposo”, que não existe no ordenamento jurídico, para explicar a tese defendida pelo Ministério Público.

O réu foi absolvido e os fatos narrados pela repórter levaram à edição de uma lei que obriga as partes a garantirem a integridade física e psicológica das vítimas durante audiências, especialmente em casos que apurem crimes contra a dignidade sexual. A Lei é conhecida como Lei Mariana Ferrer.

 

*Texto com informações da Associação Catarinense de Imprensa

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