Portal Making Of

Projeto aprovado no BNDES prevê R$ 50 milhões para requalificação da Fortaleza de Anhatomirim

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) trabalha na execução dos detalhes do projeto que deve restaurar e requalificar a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, tombada como patrimônio histórico nacional de 284 anos, no município de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis.

O BNDES aprovou em 2022 o projeto que prevê o investimento total de R$ 50 milhões. Na sexta-feira, 17, as ações que compõem a iniciativa foram apresentadas em reunião para diferentes setores da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE) da UFSC, pois a Universidade é quem gere Anhatomirim desde 1979.

O projeto prevê obras na fortificação, como recuperação de edifícios e novos espaços expositivos, atrações turísticas e comunicação visual, mas também soluções de acessibilidade e equipamentos renovados para atendimento ao público.

Há ainda a previsão de 25 ações complementares, que envolvem desde apresentações culturais até montagem de um barco movido a energia elétrica gerada por sistema fotovoltaico para visitas à Ilha de Anhatomirim. Tudo deve ser executado em três anos, após a liberação dos recursos.

Os recursos, que exigiram contrapartida, ainda não foram liberados e a equipe da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC), que foi responsável pela elaboração da proposta junto com a Fapeu, se concentram na liberação dos R$ 50 milhões, onde R$ 32,5 milhões virão do BNDES e R$ 17,5 milhões é o valor da contrapartida.

A Fortaleza de São José da Ponta Grossa e a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones, em Florianópolis, passaram por obras de requalificação, restauração e implementação de soluções de acessibilidade, com projetos e execução do Iphan.

A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones ainda está em processo de finalização dos trabalhos, por isso, segue fechada ao público. Com a viabilização das obras em Anhatomirim, as principais construções do século XVIII do sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina na baía norte da Grande Florianópolis estarão todas novamente recuperadas, requalificadas e com novos atrativos.

“Agora teremos um novo marco importante para toda a comunidade catarinense e para a história dessas fortificações no sul do Brasil. A UFSC cumpre seu papel de requalificar e entregar para a sociedade os principais monumentos da colonização portuguesa que alavancaram a vinda dos açorianos para nossa região. Assim, ressalta-se a importância das fortalezas para nossa história e nossa cultura, salvaguardando a memória da nossa gente”, comenta o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza.

A UFSC, como guardiã desse conjunto patrimonial, está reunindo diferentes atores para execução deste projeto. Além do Iphan, fazem parte das ações complementares instituições como Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Prefeitura de Florianópolis, Prefeitura de Governador Celso Ramos, ICMBio, Sebrae, entre outras.

Os colunistas são responsáveis por seu conteúdo e o texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Making of.

Compartilhe esses posts nas redes sociais:

Leia mais